Mercado Livre suspende anúncios de destilados após casos de intoxicação por metanol

A decisão é temporária e visa reforçar a segurança dos consumidores em meio à crise de saúde pública causada pela contaminação de bebidas em todo o país.

Por Plox

08/10/2025 09h07 - Atualizado há 2 dias

Diante do aumento dos casos de intoxicação por metanol registrados em diversas regiões do país, o Mercado Livre decidiu suspender, a partir desta terça-feira (7), todos os anúncios de bebidas alcoólicas destiladas. A medida, segundo a empresa, tem caráter temporário e permanecerá em vigor até que a crise de saúde pública esteja controlada pelas autoridades.


Imagem Foto: Pixabay


Embora a plataforma tenha afirmado não haver registros de produtos contaminados entre os anúncios disponíveis, a companhia informou que a decisão visa preservar a segurança de seus milhões de consumidores.
“Seguimos comprometidos em proporcionar um ambiente seguro para nossos clientes”, declarou o vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes.

Ele reforçou ainda que a empresa lamenta a gravidade da situação e está solidária às vítimas e suas famílias.


Durante o período de restrição, apenas vendedores previamente autorizados pelas fabricantes poderão republicar produtos, mediante listas de permissão enviadas diretamente pelas marcas. A suspensão se soma a outras ações preventivas adotadas pela empresa, como a remoção de anúncios relacionados a acessórios de bebidas que possam contribuir para o agravamento da situação, incluindo lacres e frascos de destilados.



O Mercado Livre destacou que, conforme previsto em seus Termos e Condições de Uso, é proibida a comercialização de metanol, garrafas vazias de bebidas, produtos sem registro, bebidas com teor alcoólico acima do permitido e itens rotulados como “artesanais” sem autorização, exceto vinhos e cervejas. Caso sejam identificadas irregularidades, os anúncios são removidos e os vendedores podem ter suas contas suspensas ou desativadas.



A medida segue recomendações da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que orientou plataformas de e-commerce a adotarem posturas proativas para conter a circulação de produtos potencialmente perigosos. A decisão reflete a gravidade do cenário atual, que já levou autoridades sanitárias e de segurança pública a intensificar fiscalizações em bares, distribuidoras e pontos de venda em todo o Brasil.


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