Mudança no saque-aniversário do FGTS é alvo de críticas
Nova regra que limita antecipações preocupa setor financeiro e pode afetar negativamente trabalhadores negativados
Por Plox
08/10/2025 07h24 - Atualizado há 5 dias
As novas restrições impostas ao saque-aniversário do FGTS, anunciadas nesta terça-feira (7), geraram reações imediatas do setor financeiro. A Zetta, associação que representa fintechs como o Nubank, criticou duramente a medida em nota oficial, alertando para os possíveis impactos negativos principalmente sobre trabalhadores com restrições de crédito.

De acordo com a entidade, a antecipação do saldo do FGTS vinha se firmando como um mecanismo importante de inclusão financeira, ao possibilitar acesso a crédito com condições mais favoráveis.
“A linha de crédito vinculada à antecipação do saldo vinha se consolidando como uma ferramenta importante de inclusão financeira ao proporcionar crédito a taxas mais acessíveis e melhores condições”
, afirmou a associação.
Entre as novas regras aprovadas pelo conselho curador do fundo, está a limitação do valor que pode ser antecipado para até R$ 500, com um mínimo de R$ 100. Além disso, os trabalhadores só poderão realizar uma operação desse tipo por ano. Antes, não havia esse limite anual, o que tornava o recurso mais flexível para quem buscava crédito rápido.
A Zetta também destacou a ausência de um debate mais amplo com o setor antes da implementação das mudanças.
“É fundamental que decisões dessa natureza sejam precedidas de amplo debate e conduzidas com transparência e com a participação dos agentes envolvidos, garantindo maior previsibilidade tanto para a população quanto para o setor financeiro”
, acrescentou a nota.
Outro ponto levantado pela associação é que a medida poderá prejudicar a liberdade de escolha do trabalhador, ao reduzir suas opções de acesso a crédito, além de limitar a concorrência no setor financeiro.
“Além disso, amplia a concorrência e a liberdade de escolha do trabalhador”
, finalizou a Zetta.
Com a nova diretriz já em vigor, fintechs e trabalhadores observam com apreensão os próximos desdobramentos, enquanto o governo sustenta que a medida visa preservar os recursos do fundo e garantir maior estabilidade econômica.