Pesquisa aponta recuperação da aprovação de Lula

Os números mais recentes da pesquisa Genial/Quaest, divulgados nesta quarta-feira (8), revelam que a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) junto à população voltou a apresentar sinais de fortalecimento. O levantamento mostra que a taxa de aprovação ao governo federal alcançou 48%, praticamente empatada com a desaprovação, que ficou em 49%.

Foto: Presidência

Essa recuperação recoloca Lula no mesmo patamar de popularidade observado em janeiro deste ano. A melhora vem sendo registrada desde maio e tem sido puxada principalmente por três grupos: mulheres, pessoas de 35 a 59 anos e eleitores de perfil centrista.

De acordo com o levantamento, 33% dos entrevistados classificam o governo Lula como positivo — crescimento em relação aos 31% registrados na sondagem anterior. A avaliação negativa recuou levemente, passando de 38% para 37%.

A pesquisa ouviu 2.004 eleitores entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Outros temas também foram abordados no estudo. Um deles foi a recente mudança na tabela do Imposto de Renda, aprovada pela Câmara dos Deputados e atualmente em análise no Senado. Para 41% dos entrevistados, a alteração representará um impacto importante nas finanças pessoais. Entre os simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 36% compartilham dessa mesma expectativa.

Além disso, 43% dos participantes da pesquisa acreditam que a economia brasileira terá melhora nos próximos 12 meses.

Outro ponto investigado foi o projeto de lei da Dosimetria, que trata da revisão das penas impostas aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. De acordo com os dados, 52% dos entrevistados se posicionaram contra a proposta, por entenderem que as punições aplicadas já foram justas. Por outro lado, 37% apoiam a revisão das sentenças.

“A gente está vendo uma estabilização e até uma leve retomada de apoio ao governo Lula, especialmente entre públicos que antes demonstravam ceticismo”, analisou Felipe Nunes, diretor da Quaest

Com esse cenário, Lula vê sua popularidade reagir em meio a debates econômicos e legislativos importantes, voltando a ter uma base de apoio mais sólida do que há alguns meses.