Recordes de calor global indicam 2023 como possível ano mais quente em 125 mil anos
Observatório europeu liga temperaturas extremas ao efeito estufa e fenômeno El Niño; outubro de 2023 supera marcas históricas
Por Plox
08/11/2023 15h37 - Atualizado há mais de 1 ano
O mês de outubro deste ano estabeleceu um novo recorde como o mais quente já registrado globalmente, conforme anunciado pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia. A média de temperatura do ar à superfície atingiu 15,30°C, ultrapassando a marca anterior de 2019 por uma margem considerável de 0,4°C.
Efeito Estufa e El Niño: Causas Confluentes
O aumento significativo nas temperaturas é atribuído à combinação de emissões contínuas de gases de efeito estufa e à incidência do fenômeno El Niño, que resulta no aquecimento das águas superficiais no leste do Oceano Pacífico. Especialistas como Luciana Gatti, do Inpe, destacam o crescimento anual dessas emissões, apesar da consciência global sobre suas consequências.
Alerta Climático: Aproximação de um Colapso Global
Pesquisadores e meteorologistas como Giovani Dolif do Cemaden alertam para a necessidade urgente de redução das emissões de gases para evitar o agravamento das condições climáticas. A tendência de recordes de calor observados ao longo de 2023 sugere uma continuidade das altas temperaturas, aumentando a probabilidade de que este ano termine como o mais quente em um período comparável a 125 mil anos.