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Política
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Megaoperação no Rio pressiona governo a agir contra facções
Após mais de 120 mortos em ações policiais na Penha e no Alemão, Executivo, Legislativo e Judiciário anunciam medidas para conter o crime organizado e ampliar a transparência nas investigações
08/11/2025 às 08:17por Redação Plox
08/11/2025 às 08:17
— por Redação Plox
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Pouco mais de duas semanas após a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que deixou pelo menos 121 mortos, as discussões sobre segurança pública ocuparam o centro da agenda política nacional. As ações do Executivo, Legislativo e Judiciário tiveram como resposta imediata a operação mais letal já registrada no estado fluminense.
Moradores transportam dezenas de corpos para a Praça São Lucas, localizada na Penha, zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Agência Brasil
Operação policial reacende debate sobre segurança
No dia 28 de outubro, a atuação das forças policiais do Rio resultou em dezenas de vítimas, com corpos sendo levados por moradores à Praça São Lucas, na zona norte da capital. O impacto do episódio mobilizou autoridades em Brasília e acelerou o debate sobre medidas para o combate ao crime organizado.
Governo federal reage com projetos e apoio técnico
No Executivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros em caráter de urgência para discutir as providências diante da crise. Uma das principais iniciativas foi o avanço do projeto de lei denominado “antifacção”, enviado ao Congresso Nacional em 31 de outubro. O texto prevê penas mais rigorosas para integrantes de facções e institui o tipo penal de “organização criminosa qualificada”.
Além da pauta legislativa, o governo federal disponibilizou peritos da Polícia Federal para ajudar o governo estadual do Rio na identificação das vítimas e na análise das ações durante a operação.
Legislativo prioriza combate ao crime organizado
No Congresso Nacional, a repercussão da operação levou a uma movimentação intensa entre parlamentares. O presidente da Câmara sinalizou que a segurança pública será prioridade nos próximos debates legislativos. Entre as propostas em discussão, destaca-se o projeto que pretende classificar crimes praticados por facções e milícias como terrorismo.
A articulação tem à frente o secretário de Segurança Pública de São Paulo, licenciado do mandato de deputado federal, que relatou o texto. O objetivo é que ações destinadas a impor domínio territorial, como as praticadas por organizações como Comando Vermelho e PCC, passem a ser enquadradas como terrorismo — cuja pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
Outra medida do Legislativo foi a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado, voltada à investigação da estrutura e da expansão das facções e milícias no país.
Judiciário determina investigação e cautela nas provas
No âmbito do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) também reagiu em resposta à operação. A discussão se deu especialmente no processo da ADPF das Favelas, que trata sobre violações de direitos humanos em operações policiais no Rio de Janeiro.
Com a mudança provisória de relatoria para o ministro Alexandre de Moraes, foram tomadas medidas como a preservação de todas as provas da operação e a autorização para que assistentes técnicos independentes participem das perícias, garantindo a transparência das investigações.
Moraes esteve pessoalmente no Rio de Janeiro, onde se reuniu com autoridades estaduais e municipais, além de entidades de direitos humanos — que relataram possíveis falhas e violações durante a ação policial.
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