A Polícia Civil de Goiás realizou a prisão de uma mulher suspeita de tentar matar o marido após atear fogo nele dentro de casa. O crime, ocorrido em Goiânia na última segunda-feira (3/11), foi registrado em vídeo pela própria vítima, que já suspeitava das ameaças e documentou toda a situação.

Vítima gravou agressão em vídeo

De acordo com as imagens, o homem estava deitado quando a esposa saiu do cômodo e retornou portando uma garrafa de álcool e um isqueiro. Na sequência, ela se aproximou e ateou fogo no corpo dele. O homem se levantou desesperado e correu pela casa enquanto as chamas se espalhavam. O casal estava junto há 16 anos e tem dois filhos.

Polícia prende suspeita em flagrante

A denúncia chegou à polícia através do irmão da vítima, que procurou uma delegacia. Ao comparecerem ao local informado, agentes encontraram a suspeita ainda na residência, já com malas prontas para fugir. Ela foi presa em flagrante. Segundo os investigadores, o motivo do crime seria o ciúme.

Estado de saúde e histórico de violência

A delegada responsável pelo caso, Renata Vieira, informou que o homem foi internado e permanece hospitalizado devido à gravidade das queimaduras de segundo e terceiro graus, especialmente nas mãos e no tórax.

Durante o atendimento no hospital, a vítima confirmou que a esposa agiu com intenção de matá-lo e entregou o vídeo do ataque à polícia. Segundo relato do homem, há cerca de quatro anos já havia sofrido uma facada da mulher, e desejava se separar.

Interrogatório e medidas judiciais

Interrogada, a mulher negou intenção de matar o companheiro, alegando que pretendia apenas “assustá-lo”. Contudo, a delegada afirmou que há indícios claros de tentativa de homicídio premeditado:

A intenção real dela era matar o marido. É possível perceber que ela tinha certeza de que ele morreria, tanto que ele não reage Renata Vieira, delegada responsável pelo caso

Vizinhos do casal devem ser ouvidos nos próximos dias como parte das investigações.

Durante audiência de custódia, o Ministério Público de Goiás solicitou a manutenção da prisão, porém o juiz Lourival Machado optou pela aplicação de medidas cautelares, liberando a suspeita.