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Economia
Nubank demite 12 após protestos contra fim do trabalho remoto
Demissões por justa causa ocorrem após reunião tensa sobre transição para modelo híbrido, prevista para se intensificar até 2027. Funcionários contestam exigência de presença em escritórios e falta de representatividade regional.
08/11/2025 às 06:47por Redação Plox
08/11/2025 às 06:47
— por Redação Plox
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O Nubank anunciou nesta sexta-feira a demissão de 12 funcionários após uma reunião acalorada sobre as mudanças no modelo de trabalho remoto da empresa. A decisão ocorreu após um encontro em que cerca de 7.000 dos 9.500 colaboradores participaram para discutir a transição para o regime híbrido.
Nubank dispensa 12 colaboradores após desentendimento durante encontro
Foto: Nubank / Divulgação
Transição para o modelo híbrido gera tensão
Na véspera, o Nubank havia comunicado o novo formato, em que os profissionais deverão comparecer presencialmente ao escritório duas vezes por semana a partir de julho de 2026, aumentando para três vezes por semana em janeiro de 2027. Atualmente, o comparecimento é de uma semana por trimestre.
A mudança foi anunciada por e-mail aos funcionários, e o CEO, David Velez, reconheceu possíveis impactos: ele sinalizou que alguns colaboradores seriam afetados pela decisão e se comprometeu a responder dúvidas durante uma reunião com a equipe, realizada via Zoom e presencialmente.
Demissões após reunião tumultuada
Durante o encontro, diversos funcionários reagiram negativamente à transição. Relatos recolhidos sob anonimato indicam episódios de insultos e um clima de tensão entre participantes. Ainda na manhã de sexta-feira, um novo comunicado interno informou a demissão dos 12 profissionais envolvidos em episódios considerados desrespeitosos.
Segundo o Nubank, o conselho de conduta avaliou os casos e optou pela rescisão por justa causa. O comunicado ressaltou que outros colaboradores também receberiam advertências por escrito devido ao comportamento inadequado.
Posicionamento da empresa
Em nota, a fintech afirmou que não comenta casos individuais de desligamento. A empresa reforçou a manutenção de canais abertos para debates e destacou que não tolera desrespeito ou violações de conduta.
O CEO compartilhou ainda um link para um site interno de perguntas e respostas sobre a nova política de trabalho. A página rapidamente acumulou manifestações de funcionários, inclusive após o anúncio das demissões.
Repercussão entre funcionários
No fórum, alguns colaboradores argumentaram que residem longe dos escritórios do Nubank e organizaram suas vidas em torno da possibilidade de trabalho remoto. Outros mencionaram a falta de representatividade de profissionais de fora do Sudeste, alegando que a medida deve impactar principalmente quem mora fora de São Paulo.
As discussões envolveram desde questões logísticas até reivindicações relacionadas à equidade e diversidade regional no quadro de funcionários.
CEO reside no exterior e empresa promete ampliação de escritórios
O CEO do Nubank atualmente reside no Uruguai e, segundo o comunicado, planeja mudar-se para um país onde haja escritório da empresa para acompanhar de perto a implementação do novo modelo de trabalho.
O Nubank afirmou que irá expandir sua estrutura com novos escritórios para atender à demanda. Hoje, a empresa mantém unidades em São Paulo (Pinheiros e Vila Leopoldina), Cidade do México e Bogotá, além de “hubs de talentos” voltados para networking e capacitação em Montevidéu, Berlim e Durham (EUA).
Estão previstos ainda novos espaços em Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Buenos Aires (Argentina) e nas regiões de Washington, Miami e Palo Alto, nos Estados Unidos.
Exceções e apoio à realocação
Determinadas funções permanecerão em trabalho remoto, de acordo com o Nubank, em razão da necessidade reduzida de interação presencial. As áreas que continuam no modelo remoto incluem atendimento ao cliente, análise de investimentos, ouvidoria, rotulagem de dados, investigação de crimes financeiros, soluções regulatórias e atração de talentos.
Além disso, casos específicos, como situações médicas, poderão ser avaliados para eventuais exceções. Os critérios considerados para concessão incluem senioridade, desempenho e distância do escritório, sendo ressaltado que as exceções serão raras.
Funcionários elegíveis também poderão acessar um programa de auxílio-realocação, caso necessitem se mudar para outras cidades devido ao novo modelo de trabalho.
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