Em depoimento, motorista do ônibus que caiu em viaduto confirma falha nos freios
O depoimento de Luiz Viana, condutor do veículo, durou mais de 3 horas
Por Plox
07/12/2020 22h03 - Atualizado há mais de 4 anos
Luiz Viana, motorista do ônibus que caiu em um viaduto na BR-381, na última sexta-feira (4), e que até o momento já vitimou 19 pessoas, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (7) na Delegacia de Polícia Civil de João Monlevade-MG. Luiz confirmou no depoimento que o veículo apresentou problemas mecânicos.
De acordo com o delegado Paulo Tavares, responsável pela investigação, em entrevista coletiva após as 3 horas de duração do depoimento do motorista, Luiz Viana confirmou a versão inicial que atribuía o acidente à problemas nos freios do veículo.
O delegado não deu muitos detalhes sobre o depoimento em si, mas confirmou alguns pontos importantes.

“Ele esclarece que o ônibus voltou de marcha ré e que houve um problema no freio do veículo. Ele chorou o tempo todo. Foi muito claro e conciso em suas colocações”, destacou o delegado.
Ainda segundo ao delegado, o que foi dito pelo motorista “condiz com outros depoimentos e com algumas situações” já apuradas pela polícia.
Agora, caso a perícia da Polícia Civil confirme falha técnica no veículo e omissão, os donos das empresas que são responsáveis poderão responder por homicídio.
De acordo com o delegado, a polícia apura também a responsabilidade de cada uma das empresas que respondem pelo veículo: a Localima, dona do ônibus, e a JS Turismo, que teria o arrendado. “Vamos analisar em um segundo momento o contrato fechado entre as duas empresas”, disse.
Desaparecimento
Um dos principais assuntos comentados após o acidente foi o desaparecimento de Luiz Viana, que saltou do veículo ainda em movimento antes que o mesmo despencasse no viaduto.
Segundo o delegado, Luiz Viana contou no depoimento que teria ficado com medo. “Muitas pessoas que paravam no local ficavam perguntando por ele, que se sentiu acuado e resolveu fugir. Ele ficou na região de João Monlevade”, contou o delegado.
Por não haver nenhuma medida cautelar em seu desfavor, Luiz Viana não ficou detido.