Foragido desde maio, suspeito de decapitar homem em Mariana (MG) tem ligação com facções criminosas
Emerson Hugo Bezerra da Silva, o “Baianinho”, é apontado pela polícia como autor do crime brutal e responde por homicídio, associação criminosa e porte ilegal de arma.
Por Plox
08/12/2024 13h52 - Atualizado há 3 dias
A Polícia Civil aponta Emerson Hugo Bezerra da Silva, conhecido como “Baianinho”, como o autor da decapitação de um homem em Mariana (MG). Foragido desde maio, ele é suspeito de outros crimes, incluindo homicídio e participação em facções criminosas.
Histórico criminal de “Baianinho”
Emerson Hugo Bezerra da Silva, o “Baianinho”, está sendo procurado pela Justiça de Minas Gerais. Ele é suspeito de protagonizar uma cena de extrema violência que ganhou repercussão após ser gravada em vídeo: a decapitação de um homem em Mariana, na região Central do estado. O crime teria ligação com uma disputa entre facções criminosas rivais.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), “Baianinho” possui um histórico de passagens pelo sistema prisional. Ele ficou detido no Presídio de Mariana entre maio de 2015 e junho de 2016. Depois, foi transferido para o Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, onde permaneceu até julho de 2018. Desde sua saída, ele estava em liberdade.
No entanto, em maio deste ano, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra ele, acusando-o de envolvimento em outro homicídio. Desde então, ele não foi capturado e permanece foragido. Além de homicídio, ele responde pelos crimes de associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo.
Rivalidade entre facções e motivação do crime
A decapitação que chocou os moradores de Mariana está relacionada a uma disputa entre as facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo as investigações, “Baianinho” seria um dos líderes do tráfico de drogas no bairro Rosário, em Mariana, e membro do CV.
O crime teria sido uma represália a um triplo homicídio ocorrido em Ouro Preto, no dia 2 de dezembro. As três vítimas, que eram de Mariana e tinham ligação com o Comando Vermelho, foram encontradas amarradas, torturadas e executadas com tiros de armas de diferentes calibres. A polícia investiga se uma jovem teria atraído os homens para o local do crime, e ela segue desaparecida.
Como forma de retaliação, “Baianinho” teria executado a decapitação da vítima, identificada como Marco Polo. A ação teria o objetivo de enviar uma mensagem a um homem conhecido como “Paizão”, apontado como membro do PCC e líder do tráfico no bairro Cabanas, em Mariana, e em outras cidades da região, como Ouro Preto e Itabirito.
Investigação e buscas
A Polícia Civil segue em busca de “Baianinho”, que até o momento não foi localizado. A decapitação de Marco Polo ainda está sendo investigada, e o corpo da vítima não foi encontrado. O caso gerou grande repercussão e causou temor entre os moradores da região.