Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.
É notícia? tá no Plox
Política
Alerj revoga prisão preventiva e determina soltura de Rodrigo Bacellar
Com 42 votos a favor, 21 contra e duas abstenções, plenário derruba decisão judicial que mantinha presidente da Casa preso e afastado do mandato após suspeita de vazar dados sigilosos de operação da PF
08/12/2025 às 17:14por Redação Plox
08/12/2025 às 17:14
— por Redação Plox
Compartilhe a notícia:
Os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovaram, nesta segunda-feira (8), a revogação da prisão preventiva do presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), detido pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (3), em meio a suspeitas de vazamento de informações sigilosas de uma operação da corporação para outro parlamentar.
Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar foi detido pela Polícia Federal na última quarta-feira (3)
Foto: Alex Ramos | Alerj.
O projeto de resolução que determina a soltura de Bacellar passou pelo plenário com 42 votos favoráveis, 21 contrários e duas abstenções, formando maioria para derrubar a decisão judicial que o mantinha preso e afastado do mandato.
Votação apertada na CCJ antes de ir ao plenário
Mais cedo, o texto já havia sido analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj, em uma sessão de votação apertada. O presidente do colegiado, deputado Rodrigo Amorim (União Brasil), e os parlamentares Alexandre Knoploch (PL), Fred Pacheco (PMN) e Chico Machado (Solidariedade) manifestaram voto pela soltura do presidente da Casa.
Na outra frente, os deputados Carlos Minc (PV), primeiro suplente, Elika Takimoto (PT) e Luiz Paulo (PSD) votaram contra e defenderam a manutenção da prisão preventiva de Bacellar.
Pelas regras da Alerj, a tramitação na CCJ só seria encerrada ali se houvesse unanimidade pela manutenção da prisão. Como houve divergência de votos, a comissão teve de elaborar e votar um projeto de resolução indicando ao plenário se o presidente da Assembleia deveria continuar preso e afastado do mandato parlamentar ou ser libertado.
Operações da PF e suspeita de vazamento
Rodrigo Bacellar foi preso pela PF na última quarta-feira (3), no âmbito da Operação Unha e Carne. Segundo a corporação, ele é suspeito de repassar informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro deste ano, que resultou na prisão do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (sem partido).
TH Joias foi preso por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, suspeito de negociar armas para o Comando Vermelho (CV). A investigação aponta que dados sigilosos sobre a ofensiva da PF podem ter sido compartilhados indevidamente.
O mandado de prisão contra Bacellar foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o afastamento dele da presidência da Alerj. Na decisão, o ministro afirma haver “fortes indícios” de participação do deputado em uma organização criminosa.
Trajetória política de Rodrigo Bacellar
Em seu segundo mandato como deputado estadual, Bacellar foi reeleito em 2022 pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e, posteriormente, se filiou ao União Brasil. Antes de assumir a presidência da Alerj, ele já ocupou cargos no Executivo fluminense.
Em 2021, o deputado chegou a ser secretário de Governo do governador Cláudio Castro (PL), consolidando-se como um dos principais articuladores políticos da base aliada no Rio de Janeiro.
Butantan-DV, produzida pelo Instituto Butantan, tem eficácia geral de 74,7% e proteção de até cinco anos, com eficácia de 91,6% contra casos graves e 100% na prevenção de hospitalizações, em meio à escalada da doença no país
Butantan-DV, produzida pelo Instituto Butantan, tem eficácia geral de 74,7% e proteção de até cinco anos, com eficácia de 91,6% contra casos graves e 100% na prevenção de hospitalizações, em meio à escalada da doença no país