Casal resgata tamanduá em ciclovia de Ipatinga e o devolve na natureza

Por Plox

09/01/2020 17h01 - Atualizado há mais de 4 anos

Na noite desta quarta-feira (8), um casal ipatinguense resgatou um tamanduá-mirim na ciclovia do bairro Ferroviários, próximo à BR-381. 

tamandua Foto: Reprodução/Vídeo

 

Conforme relatado ao PLOX por Jucélia Nantes, de 39 anos, ela e seu marido, Igor Nantes, que também tem 39, estavam passando pela avenida José Júlio da Costa quando avistaram o animal caminhando no canto da ciclovia. 
 
Igor e sua esposa desceram do carro e, com muita resistência do animalzinho, conseguiu pegá-lo pela cauda e o soltar na mata próxima ao local do ocorrido. 

Veja o vídeo:

Diferente do tamanduá-bandeira, que é classificado como espécie ameaçada de extinção, o tamanduá-mirim teve o risco classificado União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) como pouco preocupante devido a ampla distribuição geográfica da espécie, que tem hábitos tanto diurnos quanto noturnos e gosta de viver à beira das florestas. 
 
O doutor Lélio Costa e Silva, veterinário do Centro de Biodiversidade da Usipa, lembrou que o correto é nunca tentar capturar qualquer animal, pois mais manso que ele pareça. 

WhatsApp Image 2020-01-09 at 16.03.45 Foto enviada ao Whatsapp do Plox

 

“Se estiver machucado numa estrada, por exemplo, tente controlar o trânsito e peça ajuda à polícia imediatamente. A lei somente permite que procedimentos sejam feitos apenas pelos órgãos ambientais, por melhor que seja a intenção de quem quer socorrer um animal. Animais silvestres podem morder, arranhar, e serem portadores de doenças fatais para o ser humano, daí o rigor da proibição. Nenhum particular está autorizado a transportar um animal silvestre (a não ser que seja de criatório comercial legalizado e com documentação”, disse à reportagem do PLOX.
 
Sobre tamanduás-mirins, o veterinário lembrou que são animais arborícolas (que vive nas florestas) e estão muito sujeitos a incêndios e queimadas. Lélio também destacou que eles são controladores de cupins e formigas. “Suas garras são usadas para galgar galhos e perfurar cascas de árvores e cupinzeiros. Tem a cauda preênsil que usam como um quinto membro, diferentemente do tamanduá-bandeira, outra espécie encontrada no cerrado brasileiro”, destacou.
 

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