Incêndios devastam Los Angeles, deixam 5 mortos e ameaçam a Calçada da Fama

Tragédia na Califórnia expulsa milhares de suas casas, destrói estruturas e traz sensação de "apocalipse" à cidade.

Por Plox

09/01/2025 07h49 - Atualizado há 5 meses

Los Angeles enfrenta uma das maiores crises de sua história com incêndios devastadores que já obrigaram mais de 150 mil pessoas a deixarem suas casas e destruíram cerca de 1,5 mil estruturas, incluindo residências e pontos históricos. A tragédia já resultou em cinco mortes confirmadas, de acordo com o Departamento de Incêndio de Los Angeles (LAFD). Os números ainda estão sendo atualizados, enquanto bombeiros seguem combatendo as chamas em múltiplos focos.

Foto: Reprodução / X

Focos de incêndio se multiplicam na cidade

Na noite de quarta-feira (8/1), um dos focos de incêndio começou em Hollywood Hills, região montanhosa próxima à famosa Calçada da Fama, um dos maiores atrativos turísticos de Los Angeles. Outro foco foi registrado em Studio City, próximo ao parque dos Estúdios da Universal Pictures.

Outras regiões severamente afetadas incluem Pacific Palisades, área costeira conhecida pelas mansões de celebridades, e Pasadena, ao nordeste da cidade, onde foram registradas as cinco mortes.

Impactos na infraestrutura e no cotidiano

Os incêndios, que já devastaram quase 30 mil hectares, têm consequências alarmantes para a infraestrutura de Los Angeles. Milhares de pessoas estão sem energia elétrica e a água foi contaminada nas regiões mais afetadas. Além disso, a qualidade do ar despencou, tornando-se perigosa para a saúde.

Todas as escolas públicas de Los Angeles, Santa Mônica e Pasadena suspenderam as aulas, e eventos esportivos e de entretenimento foram cancelados. Empresas locais orientaram seus funcionários a trabalhar remotamente, e parques de diversão também foram fechados. Essas medidas visam proteger a população e garantir que as ruas estejam livres para o trânsito de veículos de emergência.

Oito meses de seca agravam cenário

O cenário é agravado por uma seca extrema que já dura mais de oito meses. Apesar de ser inverno, estação normalmente chuvosa, Los Angeles não registrou precipitações significativas, e a umidade em algumas áreas chegou a apenas 8%. Esses fatores, combinados com os ventos intensos de até 120 km/h registrados na terça-feira (7/1), contribuíram para o rápido alastramento das chamas.

Felizmente, os ventos diminuíram na quarta-feira, permitindo que aeronaves fossem usadas no combate ao fogo, algo que havia sido inviável até então.

Preparação questionada para grandes eventos

A tragédia também levanta dúvidas sobre a capacidade de Los Angeles de lidar com desastres naturais em grande escala, especialmente com a aproximação de eventos globais como a Copa do Mundo de 2026 e os Jogos Olímpicos de 2028. Relatos indicam que muitos hidrantes estavam secos no momento em que os bombeiros tentavam conter as chamas, evidenciando falhas na infraestrutura da cidade.

Clima de medo e busca por respostas

Moradores descrevem a situação como "apocalíptica", com muitas áreas parecendo zonas de guerra. A sensação de medo e impotência é dominante. Enquanto isso, investigações estão em andamento para determinar as causas iniciais dos focos de incêndio, que seguem devastando a região.

Destaques