STF analisa hoje recurso que permitiu acesso de Lula a mensagens hackeadas
Defesa de Lula alega que “elementos de prova para comprovar ou reforçar teses defensivas independem da origem.”
Por Plox
09/02/2021 08h38 - Atualizado há quase 4 anos
Nesta terça-feira (9), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga se mantém ou revoga a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que permitiu a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ter acesso a mensagens hackeadas. O tema foi pautado pelo ministro Gilmar Mendes.
O material das conversas hackeadas foi apreendido pela operação Spoofing, a investigação foca um grupo de hackers que invadiu celulares e copiou conversas de autoridades.
A decisão do ministro Lewandowski deu acesso apenas a trechos que tenham relação com os processos que Lula responde. Ontem (8), a defesa do ex-presidente enviou um documento ao STF com uma perícia feita nas mensagens. "Esse novo conjunto de mensagens encontradas reforça que o então juiz Sérgio Moro orientava e era consultado rotineiramente para a prática dos atos de persecução, notadamente em relação ao Reclamante", diz o documento.
O ex-juiz Sérgio Moro e procuradores alegam que as conversas foram obtidas de forma ilegal. Segundo informações, acusações sobre a imparcialidade de Moro, ao condenar Lula por nove anos e meio de prisão pelo caso do Triplex, serão reforçadas com as conversas capturadas.
A defesa de Lula rebateu o argumento. Os advogados alegam que “elementos de prova para comprovar ou reforçar teses defensivas independem da origem.”