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Política

Operação Tempus Veritatis desvenda esquema de tentativa de golpe vinculado a Bolsonaro

Ação da Polícia Federal mira ex-assessores, militares e financiamento irregular em investigação sobre atos contra o sistema eleitoral.

09/02/2024 às 10:48 por Redação Plox

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, uma operação de grande envergadura denominada Tempus Veritatis, com o objetivo de investigar uma suposta tentativa de golpe de Estado orquestrada em 2022, tendo como figura central o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno. A operação resultou na expedição de 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva, distribuídos por nove estados e o Distrito Federal.

TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL — 29.6.2024

Detalhes da Operação

Dentre os alvos da operação, destacam-se prisões notáveis de ex-assessores diretos do ex-presidente, como o coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, além de Rafael Martins de Oliveira, major do Exército. A operação também apontou o dedo para Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, que, embora não tivesse mandado de prisão em seu nome, foi detido em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

Acusações e Evidências

A investigação revelou que o PL foi supostamente utilizado para financiar e orquestrar uma estrutura de suporte à tentativa de golpe, com destaque para a transferência de R$ 1.225.000 ao "Instituto Voto Legal". Este instituto elaborou um relatório técnico questionando a segurança das urnas eletrônicas, peça central na estratégia de descredibilização do processo eleitoral.

A Polícia Federal também identificou um "Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral", com Valdemar Costa Neto apontado como "principal fiador dos questionamentos" ao pleito. Este núcleo teria sido fundamental na articulação das ações questionando a integridade das eleições.

Militares e a Conspiração

A operação revelou ainda a implicação de militares em pelo menos três frentes de atuação, desde a disseminação de notícias falsas sobre a segurança eleitoral até o apoio logístico para manifestações e atos golpistas. A existência de um "Núcleo de Inteligência Paralela", envolvendo figuras como os militares Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid, indica a coleta de informações para embasar ações contra o sistema eleitoral.

Repercussão e Defesa

Enquanto a investigação segue revelando o alcance da conspiração, vozes da oposição, incluindo o senador Rogério Marinho, criticam a condução das investigações, alegando falta de imparcialidade e apontando para uma "espetacularização" do processo judicial. A defesa dos acusados sustenta a inexistência de atos concretos que configurariam tentativa de golpe, argumentando que as ações se limitaram a cogitações não criminalizáveis.

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