Corpo de adolescente desaparecida no Paraná é encontrado; cunhado é suspeito
Flávia Gabriely Pires Pinto, de 17 anos, foi localizada em um córrego após 23 dias de buscas; cunhado da jovem confessou que esteve com ela no dia do desaparecimento
Por Plox
09/02/2025 08h45 - Atualizado há cerca de 1 mês
A Polícia Civil do Paraná investiga a morte de Flávia Gabriely Pires Pinto, de 17 anos, encontrada em um córrego na cidade de Jesuítas após 23 dias desaparecida. O caso, que chocou a região, teve uma reviravolta quando o cunhado da adolescente, de 19 anos, foi preso preventivamente e se tornou o principal suspeito do crime.

Flávia morava com os pais e tinha dois irmãos: uma irmã mais velha, casada com o suspeito, e um irmão mais novo. Segundo a família, a jovem era tranquila e mantinha um relacionamento amoroso. No dia 13 de janeiro, por volta das 13h, ela avisou aos pais que iria até a casa do namorado, localizada na mesma cidade. Duas horas depois, às 15h04, uma câmera de segurança registrou a adolescente saindo sozinha do local. Após caminhar por algumas ruas, ela desapareceu sem deixar rastros.

Durante quase um mês, familiares e amigos fizeram buscas incessantes, divulgando apelos em redes sociais e na imprensa. Paralelamente, o Conselho Tutelar e a polícia investigavam o desaparecimento, enfrentando diversas denúncias falsas que dificultaram o andamento do caso. O cunhado de Flávia foi um dos interrogados e, ao prestar novo depoimento, entrou em contradição. Inicialmente, negou qualquer envolvimento, mas, pressionado pelas evidências, admitiu que esteve com a jovem no dia do desaparecimento.

Segundo o suspeito, ele e Flávia teriam ido até um riacho para consumir drogas, momento em que a empurrou na água. A família da vítima, no entanto, nega que ela fizesse uso de entorpecentes. Após a confissão, ele indicou o local onde teria deixado o corpo. Na madrugada de 6 de fevereiro, o Corpo de Bombeiros de Toledo encontrou a vítima a 30 metros do ponto indicado pelo suspeito, já sem vida. A polícia acredita que a correnteza da chuva pode ter deslocado o corpo.
No mesmo dia, um mandado de prisão preventiva foi expedido e o cunhado da jovem foi detido. Até o momento, as investigações não apontam a participação de terceiros no crime e não há indícios de abuso sexual. A polícia trata a morte como violenta, mas ainda não revelou quais sinais foram identificados no corpo da vítima.
A Justiça realizou audiência de custódia no dia 7 de fevereiro e determinou a transferência do suspeito para a cadeia pública de Assis Chateaubriand. Enquanto isso, o Instituto Médico-Legal (IML) realiza exames para determinar a causa da morte, a data exata do óbito e se há vestígios de substâncias ilícitas no organismo da vítima.
Diante da tragédia, o pai e o avô de Flávia clamam por justiça. Valdecir Pinto, seu pai, afirmou que tenta se apegar às boas lembranças da filha para amenizar a dor da perda. Já Valdivino Pinto, seu avô, disse que, apesar da angústia durante os dias de busca, sempre manteve a esperança de encontrar a neta com vida.