Plox entrevista advogado de médico preso em atos de 8 de janeiro
Ézio Guilherme da Silva, médico e ex-candidato a prefeito de Coronel Fabriciano em 2020, ficou 52 dias preso na Papuda, em Brasília
Por Plox
09/03/2023 14h35 - Atualizado há mais de 2 anos
A Plox entrevista, na tarde desta quinta-feira (09), o advogado Joaquim Xavier de Souza, responsável pela defesa de Ézio Guilherme da Silva que foi preso em Brasília por ocasião dos ataques aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. Ézio é médico e ex-candidato a prefeito de Coronel Fabriciano em 2020. Ele ficou 52 dias cumprindo prisão preventiva no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. No dia 27 de fevereiro, foi concedida a liberdade provisória ao morador de Coronel Fabriciano, no interior de Minas Gerais. Segundo advogado, “não há provas contundentes” de que seu Ézio teve qualquer participação ou tenha contribuído para a consumação dos fatos que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro. Joaquim alega que o médico estava apenas nas mediações de onde ocorreu o fato. Veja os detalhes na entrevista com o advogado.
Liberdade provisória
Dr. Ézio e demais pessoas foram liberados com o uso de tornozeleira eletrônica. Eles ainda estão sujeitos sujeitos a restrições, como a proibição de deixar o país e do porte de armas de fogo. Além disso, não é permitido o uso de redes sociais e conversar com os outros ex-presidiários. Eles ainda têm a obrigação de comparecerem semanalmente à Justiça.
Ex-candidato
Em 2020, o médico concorreu ao cargo de prefeito da cidade pelo partido Patriotas e recebeu 392 votos, o que representa 0,71% dos votos válidos. Agora, com a liberdade provisória concedida, o Dr. Ézio terá a oportunidade de se defender das acusações que pesam sobre ele.
Pronunciamento da defesa
Em nota enviada para a equipe de reportagem da Plox, o advogado do Dr. Ézio alega que, “não há provas contundentes” de que seu cliente teve qualquer participação ou tenha contribuído para a consumação dos fatos que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro. Joaquim Xavier ainda acrescenta que, “não foi praticado por ele qualquer ato sequer de vandalismo”, e o médico estava apenas nas mediações de onde ocorreu o fato. O representante do Dr. Ézio confia que sua inocência será provada no tribunal e que seu cliente “repudia veementemente quaisquer atos que ameacem o Estado democrático de direito”.
Veja a nota completa
Eu, Joaquim Xavier de Souza, Defensor do Médico Dr. Ezio Guilherme Da Silva, informo que o mesmo teve sua prisão preventiva revogada na data de 27/02/202, alega que, não há provas contundentes de que o mesmo teve qualquer participação ou tenha contribuído para a consumação dos fatos que ocorreram em Brasília no dia 08 de janeiro. Ademias, não foi praticado por ele qualquer ato sequer de vandalismo, estando apenas nos entornos dos locais dos fatos. Tendo sido conduzido em razão unicamente da decisão proferida pelo Ministro Alexandre De Moraes do Supremo Tribunal Federal, que impôs a prisão de todas as pessoas que estivessem nas imediações dos Quartéis Generais. Sua inocência será provada durante a instrução criminal. Ainda, meu cliente repudia veementemente quaisquer atos que ameacem o Estado democrático de direito e os atos de invasão e enorme depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, ocorridos na capital federal no dia 08/01/2023, perpetrada por grupos radicais antidemocráticos, que não aceitam os resultados das eleições de 2022. Frisa que, a democracia brasileira não admite ataques, invasões e depredações. E deve ser defendida por todas as brasileiras e brasileiros.