Investigação aponta possível "justiceiro" em casos de abuso sexual infantil e estupro em Minas

Na cidade de Formiga, localizada no Centro-Oeste de Minas Gerais, dois assassinatos recentes chamam a atenção das autoridades policiais. Os crimes apontam para a ação de um possível "justiceiro" do crime em busca de pessoas suspeitas de envolvimento em abuso sexual infantil e um estupro. O primeiro ocorreu na última terça-feira (7), quando um homem acusado de abusar de uma criança de 11 anos foi morto a tiros. Já no dia seguinte, quarta-feira (8), foi encontrado o corpo do pai da menina, apontado como suposto aliciador.

De acordo com o delegado regional de Formiga, Danilo César, a investigação sugere que os dois assassinatos foram cometidos pela mesma pessoa, com a motivação de retaliação por possível envolvimento das vítimas com crimes sexuais. O comerciante acusado de abuso infantil também é suspeito de ter abusado da namorada do principal suspeito do crime, que foi detida pela polícia.

Entre os possíveis indícios de retaliação por um possível crime sexual, está o fato de uma das vítimas ter sido encontrada com o próprio órgão genital na boca. O pai da criança, de 42 anos, já estava sendo investigado pela Polícia Civil por supostamente levar a menina para ser estuprada pelo outro homem morto na terça-feira. Ele estava desaparecido desde a quarta-feira anterior, e seu corpo foi encontrado recentemente.

O outro homem assassinado foi um comerciante da cidade que, segundo a investigação da Polícia Civil, poderia estar abusando sexualmente da criança e da namorada do suspeito. Ele foi morto no próprio estabelecimento comercial com diversos disparos de arma de fogo. Após o assassinato, o autor do crime fugiu do local em uma motocicleta, mas foi localizado na zona rural. Ele, a namorada e um adolescente foram presos.

Durante coletiva na quarta-feira, a Polícia Civil informou que o fato de o pai "disponibilizar a própria filha, de 11 anos para abuso sexual ao homem morto na terça-feira" teria sido "também motivo para a execução". O caso seguirá em investigação.