Médicos removem "gêmeo parasita" da cabeça de menina após meses de crescimento
Feto compartilhava suprimento de sangue da irmã e apresentava membros superiores desenvolvidos, ossos e unhas.
Por Plox
09/03/2023 14h19 - Atualizado há cerca de 2 anos
Médicos do Hospital Huashan, que faz parte da Universidade de Fudan, na China, foram responsáveis por realizar a remoção de um feto que continuou crescendo por meses dentro da cabeça de uma menina. A anomalia rara é conhecida como "gêmeo parasita".
De acordo com os profissionais de saúde, o feto possuía membros superiores desenvolvidos, ossos e unhas. Ele conseguiu sobreviver dentro do crânio da menina porque compartilhava o suprimento de sangue da irmã que se desenvolvia no útero da mãe.
Além do gêmeo parasita, a garota também apresentava hidrocefalia, uma condição que causa acúmulo de líquido no cérebro e pode levar ao aumento da cabeça, fadiga extrema e convulsões.

Apenas cerca de 200 casos de "fetus in fetu" (gêmeo parasitário) já foram documentados no mundo, sendo que somente 18 ocorreram dentro do crânio da criança. Essa condição é causada pela separação incompleta de gêmeos idênticos que se formam quando um óvulo se divide. Os médicos ainda não sabem exatamente como isso acontece.
Embora o feto tenha sido removido com sucesso, não foi possível determinar se a criança sofrerá danos a longo prazo após a operação. A condição de gêmeo parasita também já foi detectada em outras partes do corpo, como na pelve, boca, intestinos e até mesmo no escroto.