Trump impõe tarifa de 104% sobre produtos da China após retaliação

Medidas de Donald Trump entram em vigor e Pequim é alvo de tarifa recorde após resposta com taxas de 84% sobre itens dos EUA

Por Plox

09/04/2025 09h15 - Atualizado há 15 dias

Nesta quarta-feira (9), começaram a valer as novas tarifas anunciadas por Donald Trump, marcando uma nova etapa da política comercial dos Estados Unidos. A medida atinge diretamente a China, que agora terá seus produtos taxados em até 104% ao entrarem no mercado americano.


Imagem Foto: CNN Brasil


O aumento das tarifas ocorre após uma série de medidas escalonadas ao longo dos últimos meses. Inicialmente, os EUA impuseram uma taxa de 10% sobre produtos chineses no início de fevereiro, valor que se somou a outra tarifa já existente de mesmo percentual. No início de abril, foi aplicada uma taxa recíproca adicional de 34%, elevando a carga para 54%.



A China reagiu com firmeza e decidiu impor tarifas de 34% sobre itens importados dos Estados Unidos. Essa resposta levou Trump a definir um prazo até às 13h de terça-feira (7) para que Pequim recuasse. Como não houve recuo, a Casa Branca respondeu com mais uma elevação, acrescentando 50% à tarifa anterior, totalizando os 104% em vigor a partir de hoje.



Além da China, diversos outros países também foram afetados pelas novas políticas tarifárias americanas. Dois tipos principais de taxações foram implementados: as tarifas abrangentes e as recíprocas. As tarifas abrangentes, aplicadas de forma generalizada, fazem com que países como Brasil, Argentina e Nova Zelândia passem a pagar 10% sobre produtos enviados aos EUA.


Por outro lado, as tarifas recíprocas foram direcionadas aos países que aplicam mais de 20% sobre produtos americanos. No entanto, os valores variam: o Vietnã, por exemplo, passará a ser taxado em 46%, mesmo cobrando 90% sobre os itens dos EUA. Segundo Trump, a lógica por trás dessas medidas é a de manter uma relação de “igual para igual”.


A decisão de endurecer as tarifas reacende tensões comerciais globais, provocando reações nos mercados e sinalizando novos capítulos de disputa entre Washington e Pequim.


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