"Para mim, foi uma surpresa desagradável", declarou Temer sobre ordem de prisão

Ele passou esta madrugada em casa e afirmou que se apresentaria à Justiça de maneira voluntária pela manhã

Por Plox

09/05/2019 14h49 - Atualizado há cerca de 6 anos

O presidente Michel Temer (MDB), que teve revogado seu pedido de habeas corpus nessa quarta-feira, 8 de maio, foi entrevistado por jornalistas na porta de casa em Alto de Pinheiros. Ele avaliou que a decisão de ter que voltar para a prisão é “equivocada sob o foco jurídico” e se disse surpreso ao receber a informação da derrubada de sua liberdade. “Eu sempre sustentei que nessas questões todas não há prova. Para mim, foi uma surpresa desagradável”, argumentou.

Marcelo Camargo Agência Brasil

Temer ficou de se apresentar hoje à Justiça- Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Temer passou esta madrugada em casa e afirmou que se apresentaria à Justiça de maneira voluntária hoje. O ex-presidente já havia sido ido para a prisão no dia 21 de março, mas foi solto pouco tempo depois. A decisão pela revogação do habeas corpus de Temer foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), nessa quarta-feira, 8. A 1ª Turma definiu a revogação de liberdade do político por dois votos a um.

A defesa do ex-presidente, o advogado Eduardo Carnelós lamentou a sentença, mas disse respeitar a decisão. Carnelós, no entanto, argumentou que apesar de os desembargadores admitirem que “não há risco a ordem pública, mas a necessidade de dar exemplo à sociedade, não haveria fundamento (para a prisão)”. O advogado declarou: "Considero essa mais uma página triste na história recente do Judiciário brasileiro". Pesa sobre ele a acusação de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O político é alvo da Operação Descontaminação, da Lava-Jato. A operação o investiga como sendo líder de organização criminosa para suposta arrecadação de propinas. O BC bloqueou R$ 491.889,14 da empresa Tabapuã Investimentos e Participações, controlada pelo ex-presidente. As apurações o apontam em supostas propinas de R$ 1 milhão da Engevix.

Atualizada às 15h54

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