Após decisão da Suprema Corte, Pentágono inicia expulsão de militares trans
Nova diretriz do Departamento de Defesa dos EUA prevê retirada imediata de até mil pessoas transgênero das Forças Armadas
Por Plox
09/05/2025 11h17 - Atualizado há 1 dia
A nova diretriz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, divulgada nesta sexta-feira (9), determina a expulsão imediata de até mil militares que se identificam abertamente como transgênero das Forças Armadas do país.

A medida foi tomada após uma decisão da Suprema Corte norte-americana, emitida na última terça-feira (6), que autorizou a administração do ex-presidente Donald Trump a impor restrições à presença de pessoas trans no Exército. Com a decisão favorável à Casa Branca, o Pentágono agora começa a implementar uma política de exclusão desses militares.
De acordo com o novo protocolo, militares que ainda não se assumiram como transgêneros terão um prazo de 30 dias para se identificar. Após esse período, serão analisados os registros médicos internos para detectar diagnósticos de disforia de gênero. Aqueles que forem identificados serão obrigados a deixar o serviço militar de forma involuntária.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, responsável pela execução da diretriz, manifestou publicamente seu apoio à medida. Em uma rede social, publicou: “Chega de Trans no Pentágono”, e, em um encontro com as forças de operações especiais em Tampa, reforçou a retórica ao dizer “Chega de pronomes”.
O Pentágono ressaltou que ainda não se sabe o número exato de militares transgênero atualmente em serviço, mas afirmou que os documentos médicos serão fundamentais para identificar casos que não foram declarados publicamente.
A decisão marca mais um capítulo polêmico na política militar dos Estados Unidos, com impactos significativos sobre os direitos de pessoas transgênero nas Forças Armadas.