Barroso recebe oficial que intimou Bolsonaro na UTI
Ministro do STF se reuniu com Cristiane Oliveira e defendeu o trabalho da oficial de Justiça responsável pela intimação
Por Plox
09/05/2025 07h54 - Atualizado há 4 dias
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu nesta quarta-feira (7) a oficial de Justiça Cristiane Oliveira, responsável por entregar uma intimação ao ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Durante o encontro, Barroso expressou apoio à servidora, destacando a importância do trabalho dos oficiais de Justiça no cumprimento das determinações judiciais. Segundo nota divulgada pelo STF, o ministro declarou:
Somos solidários e estamos ao lado de vocês para garantir o apoio e o suporte necessários para o cumprimento das funções, que são essenciais ao Supremo Tribunal Federal
.

A oficial de Justiça esteve encarregada de intimar Bolsonaro cerca de duas semanas atrás, em meio à sua internação hospitalar. A medida gerou controvérsias e foi amplamente debatida por figuras políticas e veículos da imprensa. O ex-presidente, que responde junto a outras sete pessoas a uma ação penal por suposta tentativa de golpe de Estado, chegou a registrar o momento da intimação em vídeo, expressando descontentamento com a forma como a entrega foi feita.
A visita ao STF também contou com a presença da ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em conversa com Cristiane Oliveira, a magistrada comentou sobre o impacto do machismo na repercussão do caso, refletindo sobre como o gênero da oficial pode ter influenciado parte das críticas dirigidas a ela.
O Supremo havia orientado que a intimação fosse realizada em uma data que permitisse o contato com Bolsonaro. O argumento usado para justificar a entrega foi o fato de o ex-presidente ter participado de uma transmissão ao vivo no dia anterior, o que indicaria condições de receber a intimação.
A situação provocou reações diversas, incluindo críticas de políticos e entidades, que consideraram a ação inadequada devido ao estado de saúde do ex-presidente. No entanto, Barroso afirmou que a Corte irá estudar formas de garantir maior segurança e respaldo ao trabalho dos oficiais de Justiça diante de situações sensíveis como essa.