Bebê que nasceu com 867 gramas tem primeiro Dia das Mães em casa após mais de quatro meses no hospital

Felipe nasceu com apenas 867 gramas e ficou internado por mais de quatro meses no Hospital Júlia Kubitschek, referência em gestações de alto risco

Por Plox

09/05/2025 09h23 - Atualizado há 4 dias

Com apenas 28 semanas de gestação, Felipe veio ao mundo pesando 867 gramas e medindo 34 centímetros.


Imagem Foto: Divulgação/Agência Minas


O pequeno guerreiro nasceu no dia 16 de dezembro de 2024, às 11h02, por meio de cesariana realizada no Hospital Júlia Kubitschek (HJK), em Belo Horizonte, após sua mãe, Queila Cristiane Sena, de 36 anos, ser diagnosticada com pré-eclâmpsia grave que evoluiu para a síndrome de Hellp – condição que representa sérios riscos à vida da gestante e do bebê.



Logo após o nascimento, Felipe foi encaminhado para a UTI neonatal do hospital, onde permaneceu por 128 dias. Durante esse período, enfrentou desafios intensos, incluindo quatro episódios de infecção, uma hemorragia cerebral e uma cirurgia para correção de hérnia inguinal. O recém-nascido também precisou de ventilação mecânica por dois meses.



A trajetória, que parecia incerta, transformou-se em uma verdadeira jornada de superação e fé. No dia 22 de abril deste ano, Felipe finalmente recebeu alta hospitalar, conheceu o irmão Arthur, de 9 anos, e o pai Rogério São José, e teve o primeiro contato com o mundo fora do hospital.



“Quando o vi pela primeira vez, foi uma mistura de gratidão por ele estar vivo, amor e medo por ser tão pequeno, com aquele tanto de aparelhos em volta. Pedi muito a Deus que me permitisse cuidar dele e ver ele crescer. Tê-lo em casa, no Dia das Mães, e ter minha família reunida novamente, foi o melhor presente que eu poderia receber,” contou Queila, emocionada.
Tê-lo em casa, no Dia das Mães, e ter minha família reunida novamente, foi o melhor presente que eu poderia receber

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Desde o início da gravidez, Queila teve acompanhamento especializado no HJK por conta do diagnóstico de diabetes gestacional. Apesar de já ter sentido desconfortos no início de dezembro, ela atribuiu o mal-estar às dores comuns da gravidez. No dia 11 daquele mês, precisou ser internada, onde permaneceu até o dia da alta de Felipe.



Ao longo dessa longa internação, a auxiliar administrativa destaca a dedicação da equipe médica e de enfermagem. “O atendimento no hospital, tanto a mim quanto ao meu filho, foram excepcionais. Todos os profissionais foram competentes, atenciosos e humanos. Sempre preocupados se estávamos bem, se precisávamos de alguma coisa. Conversavam com o Felipe como se ele fosse responder, me consolavam, me davam força quando eu não estava bem”, relembra.



A coordenadora da UTI neonatal do HJK, Clarisse Silva Freitas Souza, reforça o comprometimento dos profissionais da unidade. “A equipe da UTI neonatal trabalha para que todas as mães tenham a mesma alegria da Queila e um caminho de sucesso como o do Felipe.”



A maternidade do Hospital Júlia Kubitschek, que integra a rede Fhemig, é referência no atendimento a gestantes de alto risco em Minas Gerais e realiza mais de 1.600 partos por ano.


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