Ciúmes leva ex-companheira a planejar morte de professora em São Paulo, diz polícia
Polícia conclui que Fernanda Loureiro Fazio ordenou o assassinato da professora Fernanda Reinecke Bonin por ciúmes; casal tinha dois filhos
Por Plox
09/05/2025 11h20 - Atualizado há 1 dia
A investigação conduzida pela Polícia Civil de São Paulo revelou que a morte da professora Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, teve como mandante sua ex-companheira, a veterinária Fernanda Loureiro Fazio, de 45 anos. Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o crime teria sido motivado por ciúmes. O pedido de prisão da veterinária, assim como de outras duas pessoas supostamente envolvidas na execução do homicídio, foi encaminhado à Justiça.

A relação entre Fazio e Bonin durou cerca de oito anos, e delas nasceram dois filhos. Apesar de estarem separadas, as duas tentavam uma reconciliação. Segundo relatos da veterinária no boletim de ocorrência, o casal chegou a buscar terapia para retomar o relacionamento, embora não dividissem mais a mesma residência.
Na tarde do domingo, 27 de abril, Fazio contou à polícia que teria enfrentado um problema com a marcha do carro e pediu ajuda à ex-companheira, que saiu de casa sozinha para atendê-la. Entretanto, segundo seu depoimento, Bonin nunca chegou ao local combinado. A veterinária disse ainda que, ao perceber que o carro voltou a funcionar, foi até o condomínio da professora, onde o porteiro não soube confirmar se ela havia saído.
O desaparecimento ganhou contornos trágicos no dia seguinte, quando Bonin não apareceu para trabalhar. Fazio, então, acionou a Polícia Militar e iniciou uma busca por hospitais. O corpo da professora foi encontrado no dia 28 de abril, na avenida João Paulo da Silva, localizada na Vila da Paz, com um cadarço enrolado no pescoço. Já o veículo da vítima, um Hyundai Tucson, foi achado em 3 de maio, na rua Ricardo Moretti, região do autódromo de Interlagos, zona sul da capital. Dentro do carro, havia uma faca e um telefone celular.
No dia 8 de maio, um homem foi preso após ser identificado por câmeras de segurança abandonando o veículo da professora. Apesar de admitir ter largado o carro no local, o suspeito negou envolvimento direto no homicídio. A identidade dele, assim como das outras pessoas investigadas, ainda não foi divulgada.
A polícia continua aprofundando as investigações para elucidar todos os detalhes da execução do crime e identificar com precisão a participação de cada envolvido.