Cleitinho cogita deixar a política e não disputar mais eleições

Durante um discurso feito no plenário do Senado, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) revelou que está considerando abandonar a carreira política, apesar de figurar entre os nomes mais bem cotados em pesquisas para o governo de Minas Gerais.

Foto: Redes sociais

Visivelmente abalado, Cleitinho expressou sua decepção com o funcionamento da política atual e deixou claro que, se o cenário permanecer o mesmo, pretende concluir seu atual mandato, que ainda tem seis anos pela frente, e se afastar definitivamente das disputas eleitorais.

“Minha pretensão mesmo, se continuar da forma que está a política, é não disputar eleição nunca mais na minha vida. É manter meu mandato aqui que eu tenho, que vai mais seis anos, parar de disputar eleição e seguir minha vida”, declarou o parlamentar. “Porque cada dia que eu vejo, isso aqui me desanima mais. Isso aqui me deixa extremamente ansioso.”

Entre os principais motivos para essa decisão está a frustração com a falta de avanço de seus projetos no Senado. Cleitinho afirmou já ter protocolado mais de 300 propostas, todas voltadas, segundo ele, para o benefício da população brasileira. Contudo, ele lamenta que, mesmo com esforço e dedicação, os projetos enfrentam constantes pedidos de adiamento nas comissões.

“Eu tenho aqui mais de 300 projetos protocolados, e só projeto que beneficia a população brasileira. Tudo em favor do povo. Aí estou aqui me matando, me doendo, fazendo de tudo para tentar melhorar a vida das pessoas, e meus projetos não são aprovados. Quando chega em comissão, os caras têm coragem de pedir adiamento deles para 30, 60 dias. Então, como é que faz?”, questionou o senador, evidenciando sua insatisfação com o processo legislativo.

Antes de tomar uma decisão definitiva, Cleitinho disse que pretende refletir com calma sobre o futuro. Ele mencionou que vai buscar orientação espiritual, apoio familiar e um momento de introspecção pessoal para avaliar se vale a pena continuar na vida pública. “Vou conversar com Deus, conversar com a minha família e conversar comigo mesmo, se compensa continuar na vida pública”, concluiu.

O discurso de Cleitinho repercutiu entre seus colegas e no meio político, levantando dúvidas sobre os próximos passos do senador, que até então era considerado uma das apostas para cargos executivos em Minas Gerais nos próximos pleitos.