Madeleine McCann: polícia pede reabertura de caso após novas provas

Um imóvel adquirido por Christian Brueckner em 2008 tornou-se o novo foco de uma investigação intensa conduzida pela polícia alemã, que tenta impedir sua soltura prevista para 2025. No local, foram encontradas provas que reacendem o caso do desaparecimento de Madeleine McCann, ocorrido um ano antes, na Praia da Luz, em Portugal.

Foto: Redes Sociais

As autoridades descobriram um disco rígido com documentos e imagens considerados perturbadores. Junto ao equipamento, foram recolhidas dezenas de roupas de banho infantis, brinquedos, bicicletas pequenas, máscaras, substâncias como éter e clorofórmio — além de armamentos ilegais. O conjunto de objetos infantis aliado a produtos químicos e armas levou os investigadores a classificar o espaço como um possível esconderijo com intenções criminosas.

A movimentação da polícia ocorre após o desaparecimento de Madeleine completar 18 anos. Embora Brueckner esteja atualmente preso, cumprindo pena de sete anos por um estupro cometido em 2005 no mesmo estado português onde a família McCann estava hospedada, sua possível libertação no próximo ano preocupa as autoridades.

Promotores afirmam que o material recolhido fortalece a hipótese de que Madeleine tenha sido morta logo após o desaparecimento, e que o suspeito tenha envolvimento direto no crime. Um informante revelou que Brueckner teria feito uma confissão indireta em 2008, durante um festival na Espanha, ao mencionar que a menina “não gritou”.

Esse não é o único caso de apreensão ligado a ele. Em 2016, uma propriedade localizada em Neuwegersleben foi alvo de buscas, onde a polícia encontrou cerca de 8 mil arquivos com imagens e vídeos de abuso infantil, além de dispositivos eletrônicos enterrados junto ao corpo de um cachorro. O conteúdo incluía também histórias sobre sequestros e conversas com outros criminosos sexuais.

Há uma série de evidências que apontam para um padrão de comportamento e uma confissão indireta feita por Brueckner em 2008 durante um festival na Espanha, quando ele disse que a menina ‘não gritou’ ", afirmou um promotor envolvido no caso.

A expectativa é de que essas novas descobertas reforcem a atuação da acusação e impeçam a liberação do homem apontado como o principal suspeito da morte de Madeleine McCann, mantendo-o detido enquanto as investigações seguem em curso.