Tragédia no Barro Preto: carta revela pedido de desculpas de mulher achada morta com mãe e filha
Síndica do prédio relatou que vítima mencionou dificuldades financeiras em bilhete encontrado pela polícia
Por Plox
09/05/2025 20h03 - Atualizado há cerca de 15 horas
Daniela Antonini, de 40 anos, foi encontrada morta ao lado da filha de dois anos, Giovana Antonini, e da mãe, Cristina Antonini, de 66 anos, dentro de um apartamento no bairro Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

A tragédia foi descoberta após a síndica do prédio, Raquel Perpétuo Moreira, ser acionada pela avó paterna da criança, que não conseguia contato com a neta e a ex-nora desde o último domingo, dia 4. Preocupada, a mulher chegou a ir até o edifício na quinta-feira, dia 8, mas não obteve informações com os porteiros. Na manhã seguinte, conversou diretamente com Raquel, que decidiu verificar pessoalmente o apartamento.
Ao chegar ao andar do imóvel, a síndica relatou ter sentido um forte odor. Uma moradora chegou a suspeitar de vazamento de gás. Diante da situação, Raquel acionou a Polícia Militar, que entrou no local com a ajuda de um chaveiro, após arrombar a porta, que estava trancada por dentro. Dentro do apartamento, os agentes encontraram os corpos das três vítimas e também os de quatro cães.
As três estavam no mesmo quarto. A criança foi encontrada de bruços, enquanto Daniela e Cristina estavam deitadas de barriga para cima. No local, foram localizadas duas bandejas e uma pequena churrasqueira com carvão queimado, elementos que devem contribuir com a análise da perícia. A avó, segundo os peritos, apresentava um grau mais avançado de decomposição, o que pode indicar que tenha morrido antes das outras duas.
Uma carta foi encontrada dentro do apartamento e recolhida pela Polícia Militar. Conforme informado pela síndica, o conteúdo do bilhete incluía um pedido de desculpas e menções a dificuldades financeiras enfrentadas por Daniela. $&&$“Ela citava questões financeiras. A carta foi recolhida pelos policiais e ficou com eles”$, afirmou Raquel.
A síndica contou ainda que não conhecia pessoalmente a família, que vivia no prédio como inquilina há algum tempo. Apesar de residirem ali há anos, não mantinham relação próxima com outros moradores.
A Polícia Civil está à frente das investigações para esclarecer as circunstâncias da tragédia. Enquanto isso, o caso segue comovendo moradores da capital mineira.
Caso você ou alguém que você conheça esteja enfrentando sofrimento mental, é possível procurar ajuda especializada com profissionais de saúde ou instituições de apoio psicológico.