Acusado de mandar matar jovem é condenado a mais de 34 anos em Ipatinga

Ramon Campidelis Correia foi considerado culpado pela morte de Ruan Carvalho Melo e tentativa de homicídio contra outra vítima; pena supera 34 anos

Por Plox

09/05/2025 06h31 - Atualizado há 2 dias

Após mais de nove horas de julgamento, o Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga condenou Ramon Campidelis Correia, de 29 anos, a 34 anos, 8 meses e 40 dias de reclusão. Ele foi considerado culpado pela morte do chapeiro Ruan Carvalho Melo, de 28 anos, e pela tentativa de homicídio contra Massimiliano Santoro. O crime aconteceu em 23 de novembro de 2021, na Rua Crisântemo, no bairro Esperança, em Ipatinga.


Imagem Foto: Andressa Estevão/PLOX


Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, Ramon atuava como chefe do tráfico na região e foi o mandante da execução. Dois comparsas em uma motocicleta, sob suas ordens, abriram fogo contra as vítimas. Ruan morreu no local; Massimiliano sobreviveu aos disparos.


Imagem Foto: Andressa Estevão/PLOX


Antes do julgamento, o promotor Jonas Monteiro comentou a importância do caso:



"Trata-se de um caso muito grave. O réu comandava o tráfico no bairro Esperança e foi responsável por mandar executar pessoas. Ele estava foragido nos Estados Unidos e foi capturado após uma ação conjunta com a Interpol".

Imagem Foto: Andressa Estevão/PLOX


Lucia Helena Carvalho Melo, mãe da vítima e técnica de segurança, expressou sua dor e expectativa:

\"Eu espero justiça acima de qualquer coisa. Ele acabou com a vida do meu filho e com a minha. Foram três anos esperando por esse dia. Ele tirou o futuro do meu filho, que tinha saúde, trabalhava. A condenação é pouco, mas já é alguma coisa\"


Também antes do júri, o amigo da vítima, Diogo da Silva Freitas, encarregado de produção, afirmou:
\"Espero justiça de Deus e dos homens. Ele destruiu a vida do Ruan e da mãe dele. Já foram condenados dois envolvidos, mas hoje seria o julgamento do mandante. Que ele pague pelo que fez\"


O advogado de defesa, Tiago Xavier de Souza, sustentou que não havia provas suficientes contra Ramon:

"A expectativa era pela absolvição. Ramon não foi executor e entrou nesse processo por circunstâncias frágeis. Respeitamos a decisão dos jurados, mas defendemos que ele não foi o mandante"


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Com a sentença proferida, Ramon Campidelis Correia cumprirá pena em regime fechado. A condenação encerra um caso que mobilizou as forças de segurança por anos e marcou profundamente a comunidade do bairro Esperança.


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