Estadão afirma que Lula perdeu poder de persuasão

Jornal diz que presidente é 'sombra melancólica' e critica medidas populistas sem efeito

Por Plox

09/06/2025 14h00 - Atualizado há cerca de 16 horas

Em um editorial intitulado

Imagem Foto: Presidência
O Crepúsculo do Demiurgo, o jornal O Estado de S. Paulo traçou um retrato sombrio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato. Para o veículo, o petista já não é mais o político carismático de outrora e perdeu a capacidade de encantar os brasileiros com sua retórica.



A análise foi publicada após a divulgação de uma pesquisa Genial/Quaest, na qual Lula aparece com 57% de desaprovação — o pior índice desde o início de seu atual governo. Segundo o Estadão, mesmo figuras com menor destaque nacional, como Ratinho Junior (governador do Paraná), Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul) e Michelle Bolsonaro, já conseguem empatar com Lula em cenários eleitorais.



“Por mais competente que Lula seja como encantador de serpentes e de eleitores, não foi possível minimizar o impacto da sondagem da Genial/Quaest divulgada nos últimos dias”

, destacou o editorial. O texto aponta que nem mesmo o uso de estratégias populistas tradicionais foi capaz de frear a queda de sua aprovação.

Entre os benefícios anunciados nos dois meses entre as pesquisas estão: isenção de impostos para motoristas de aplicativos, crédito para reformas habitacionais via programa Minha Casa Minha Vida, o novo vale-gás e a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Todas essas medidas foram listadas pelo Estadão como tentativas do presidente de recuperar popularidade.


No entanto, o jornal critica o que considera um discurso triunfalista desconectado da realidade, afirmando que Lula segue apostando em sua antiga imagem de líder carismático, mas com resultados cada vez mais ineficazes.



Outro ponto de desgaste mencionado é o escândalo envolvendo o roubo de aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS, que teria ampliado a insatisfação popular com o governo. O Estadão conclui que a junção desses fatores tem colocado Lula em situação vulnerável, inclusive no que diz respeito à possibilidade de uma tentativa de reeleição.


“Para quem se considera enviado de Deus para levar água ao sertão, deve ser uma frustração e tanto”

, ironizou o editorial.


Dessa forma, o jornal retrata o atual momento de Lula como um declínio inevitável de sua influência política, marcado por promessas pouco eficazes e desgaste perante a opinião pública.


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