Greve de caminhoneiros ameaça abastecimento em Minas Gerais

Na manhã desta segunda-feira, 9 de junho, teve início uma greve por tempo indeterminado envolvendo caminhoneiros que prestam serviço para a Vibra Energia — antiga BR Distribuidora, ligada à Petrobras. O movimento concentra-se em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde dezenas de caminhões-tanque estão parados.

Foto: Sindtanque MG

Os motoristas reivindicam o cumprimento de dois direitos garantidos por lei: o Piso Mínimo de Frete, previsto na Lei 13.703/2018, e o Vale-Pedágio Obrigatório, conforme estabelecido pela Lei 10.209/2001. Segundo os representantes da categoria, o não pagamento desses direitos tem causado sérios prejuízos financeiros aos transportadores.

A paralisação já começa a gerar preocupações quanto ao abastecimento de combustíveis em Minas Gerais. De acordo com o Minaspetro — sindicato que representa os proprietários de postos —, a Vibra Energia mantém contratos com 794 postos no estado. Caso a greve se prolongue, o risco de escassez atinge não apenas postos de combustíveis, mas também aeroportos em diferentes regiões mineiras.

O presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, reforçou a gravidade do cenário.

"Com o descumprimento do Piso Mínimo de Frete e do Vale-Pedágio Obrigatório em Minas, os transportadores vêm acumulando prejuízos incalculáveis. Exigimos da Vibra o cumprimento imediato desses direitos dos transportadores, bem como a ampliação e intensificação da fiscalização aos contratantes de serviços de frete por parte da ANTT\

, declarou.

A Vibra Energia, conforme apontado pelo Sindtanque-MG, possui uma expressiva presença no setor, operando com diversas marcas em postos de combustíveis e sendo líder nacional na distribuição de combustíveis de aviação e também no segmento de solventes.

A reportagem entrou em contato com a Vibra em busca de um posicionamento oficial, mas até o momento não houve resposta por parte da empresa.