Catequista é acusado de estuprar 12 crianças da própria família

De acordo com vítimas, os abusos ocorriam em um quarto na casa dos pais do suspeito

Por Plox

09/07/2019 14h34 - Atualizado há quase 5 anos

O professor de catequese, José Antônio Silva, de 47 anos, continua foragido. Na 4ª Delegacia de Polícia (Guará), pelo menos 12 vítimas já relataram abuso por parte dele, e todas são familiares que teriam sido abusados em um quarto da casa dos pais do suspeito.

Na época em que os crimes ocorreram, as crianças tinham entre 4 e 10 anos.

Conforme informações do delegado adjunto da 4ª DP, Douglas Fernandes de Moura, a primeira vítima compareceu à delegacia em maio, relatando os abusos sofridos há algum tempo. “A primeira vítima compareceu à delegacia noticiando esses abusos ocorridos há algum tempo e informou que, por ser um parente, tinha medo de manchar a imagem da família. Por isso, não denunciou antes. Mas se sentiu encorajado após ver José Antônio se aproximar de seu bebê. Ficou com medo de a história se repetir”, informou Douglas.

(Foto: reprodução)

(Foto: reprodução)

Ainda de acordo com o delegado, José se valia da confiança dos familiares e levava as crianças para o quarto na casa dos pais. “Ele falava que mostraria desenhos, que eles jogariam videogame, e praticava os abusos, que variavam entre prática de sexo oral e penetração anal. Além disso, ejaculava na boca das crianças e dizia que aquilo era bom para elas crescerem fortes e saudáveis. Que era para eles aprenderem e, quando crescessem, praticar com as namoradas”, relata o investigador.

Acerca do caso, o delegado afirma ter sido chocante mesmo para os policiais especializados na matéria de combate a abuso contra crianças. “Muito chocante pela proximidade que ele tinha com as vítimas. Todos os policiais da delegacia, especializados na matéria de combate a abuso contra crianças, nunca tinham visto uma situação tão absurda como essa”.

Dentre as 12 vítimas identificadas até o momento, 11 são meninos. Conforme a delegacia, outras seis vítimas ainda não procuraram a delegacia para depor. “Os abusos começaram ainda quando ele morava com a mãe: levava as crianças para lá quando não havia ninguém. Depois de casado, aproveitava os momentos em que a mulher estava fora para violentar as crianças”, informa o delegado.

A vítima mais recente é um menino de 4 anos que, teria sido violentado em dezembro de 2018. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) acredita que com a divulgação do caso, mais pessoas busquem a unidade policial nos próximos dias.

Atualizado às 15h30.

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