MG: Vereador e ex-presidente da Câmara de Muriaé é condenado por lavagem de dinheiro

A decisão inclui a condenação de sua esposa e assessor parlamentar, com penas que ultrapassam 11 anos de reclusão em regime fechado

Por Plox

09/07/2024 09h25 - Atualizado há 4 meses

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, conseguiu a condenação do vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé, acusado de envolvimento em crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro. A decisão inclui a condenação de sua esposa e assessor parlamentar, com penas que ultrapassam 11 anos de reclusão em regime fechado.

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Foto: MPMG/Divulgação

Esquema de ocultação de patrimônio ilícito

As investigações revelaram que o vereador, juntamente com sua esposa e assessor, ocultava o patrimônio ilícito obtido por meio de corrupção, concussão e peculato. Eles adquiriam veículos, maquinários e outros bens em nome de terceiros e criavam empresas de construção registradas em nome de "laranjas". Em consequência, além das penas de prisão, foi decretada a perda desses bens em favor do Estado de Minas Gerais. Os réus também foram interditados de exercer qualquer cargo ou função pública, além de diretorias em conselhos de administração ou gerências de pessoas jurídicas, conforme determina o artigo 7º, inciso II, da Lei nº 9.613/98.

Histórico de crimes e a operação Catarse

Em outro processo relacionado à operação Catarse, o vereador já havia sido condenado por corrupção e 24 crimes de concussão, recebendo uma pena de cinco anos e quatro meses de reclusão a ser cumprida em regime semiaberto. Ele também responde na Justiça por 178 crimes de peculato e dois de lavagem de dinheiro.

Detalhes da operação Catarse

A operação Catarse, lançada em novembro de 2021, teve como objetivo investigar crimes de corrupção passiva, concussão, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Diversos mandados foram cumpridos, incluindo busca e apreensão, prisão preventiva, afastamento de cargo público, e bloqueio de bens e valores, totalizando cerca de R$ 12,5 milhões.

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