Haddad insiste no aumento do IOF, mas Hugo Motta sugere cortes de gastos

Em uma reunião realizada na residência do presidente da Câmara, Hugo Motta, nesta terça-feira (8), representantes do Legislativo e do Executivo discutiram novamente a proposta de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou sua disposição em convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da medida.

Foto: Agência Brasil | Câmara dos Deputados

No entanto, o presidente da Câmara, Hugo Motta, foi firme em afirmar que o aumento de impostos, seja por meio de elevação de alíquotas ou pela criação de novas taxas, dificilmente passará no Congresso. Durante a reunião, Motta sugeriu que o governo busque alternativas no corte de gastos, em vez de continuar com a proposta de aumento de impostos.

Ele ressaltou que o caminho do corte de despesas é mais viável diante da resistência do Congresso.

Além de Haddad e Motta, participaram da reunião o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro da AGU, Jorge Messias, e os líderes do governo no Congresso, Senado e Câmara. Durante o encontro, os líderes do Executivo negaram qualquer apoio à crítica ao Parlamento, que tem sido incentivada por alguns apoiadores do governo.

Apesar dos esforços para retomar o diálogo, o impasse sobre o IOF segue sem uma solução definitiva. A disputa continua a mobilizar discussões entre as duas esferas de poder, com Motta e Alcolumbre planejando novos encontros com os líderes partidários para informar sobre o desenrolar da conversa. No momento, as ações envolvendo o aumento do IOF estão suspensas por uma decisão do STF, que marcou uma audiência de conciliação para o próximo dia 15.