Janja rebate após fala sobre 'vira-latas' repercutir entre jornalistas

Durante a tarde desta quarta-feira (9), um episódio envolvendo a primeira-dama Janja da Silva gerou repercussão nos bastidores políticos e na imprensa. O incidente ocorreu logo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser abordado por jornalistas, que buscavam uma declaração sobre as novas tarifas comerciais que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende aplicar ao Brasil.

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O questionamento aconteceu na saída do Palácio do Itamaraty, onde Lula havia acabado de participar de um almoço oficial com o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto. Enquanto o presidente brasileiro permaneceu em silêncio diante das perguntas sobre a medida de Trump, Janja, que o acompanhava, fez um comentário que logo ganhou repercussão.

“– Ai, cadê meus vira-latas?”, disse a primeira-dama ao se deparar com o cenário.

A frase gerou interpretações imediatas de que poderia ter sido direcionada aos jornalistas presentes no local. Diante da polêmica, a assessoria de imprensa de Janja divulgou um comunicado à imprensa para esclarecer o contexto e rebater a interpretação inicial.

Segundo a nota oficial, o comentário de Janja não tinha como alvo os profissionais de imprensa que estavam no local. “– A frase dita pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, não se refere aos jornalistas que perguntaram ao presidente Lula sobre as declarações do presidente americano. E, sim, aos bolsonaristas que estão traindo os interesses e a soberania do Brasil”, afirma o texto da assessoria, conforme noticiado pelo portal G1.

“A frase dita pela primeira-dama... se refere aos bolsonaristas que estão traindo os interesses e a soberania do Brasil”, informou a nota oficial

A fala de Janja veio à tona justamente num momento de tensão diplomática, após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que já tem causado reações tanto no mercado quanto dentro do governo. O Planalto estaria preparando estratégias para responder à imposição norte-americana.

A manifestação da primeira-dama e a posterior nota da assessoria ocorrem em meio a um ambiente de intensificação no debate político entre aliados do governo brasileiro e defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos.