Lula convoca ministros após tarifa imposta por Trump

Reunião de emergência no Planalto discute medidas contra sobretaxa de 50% aplicada pelos EUA

Por Plox

09/07/2025 22h14 - Atualizado há 3 dias

Após o anúncio de uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, feito pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou uma reunião emergencial com três de seus principais ministros.


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Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) foram convocados para debater estratégias de reação à medida norte-americana. O encontro deverá ocorrer ainda esta semana no Palácio do Planalto, com foco na formulação de uma resposta política e econômica.



O comunicado de Trump chegou por meio de uma carta enviada a Lula na manhã desta quarta-feira, dia 9 de julho. No texto, o ex-presidente informa que a nova taxa será implementada a partir de 1º de agosto e terá abrangência sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos, desconsiderando tarifas específicas já existentes para determinados setores.



Segundo Trump, a decisão é uma resposta direta ao que ele chamou de \"ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres\" e à \"violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos\". Ele ainda mencionou o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), classificado por ele como uma \"vergonha internacional\".



O governo brasileiro, por sua vez, analisa possíveis medidas de retaliação. Entre as possibilidades estudadas está a aplicação de tarifas equivalentes sobre produtos norte-americanos exportados para o Brasil. De acordo com fontes do Planalto, a ideia é adotar uma política de \"reciprocidade\".


\"A medida americana é vista como uma politização inaceitável das relações comerciais\", disse um assessor do governo que participa das discussões

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A equipe econômica avalia o percentual ideal para a eventual sobretaxa brasileira. A decisão final, porém, ainda depende de deliberação interna e poderá levar em conta o impacto bilateral e o cenário internacional. Nos bastidores, integrantes do governo destacam que o momento exige cautela, mas também firmeza na defesa dos interesses nacionais.



A movimentação ocorre em meio a reações políticas e econômicas em Brasília, com lideranças de diferentes áreas pressionando por uma resposta à altura da nova postura dos Estados Unidos. A medida anunciada por Trump já repercute no mercado e gera apreensão entre exportadores brasileiros, especialmente os do agronegócio e da indústria de base.


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