Mulher encontrada na cisterna: homem confessa ter matado enteada da mãe

Junio Pereira admite assassinato de enteada da mãe e revela ocultação do corpo em cisterna; demais envolvidos negam participação

Por Plox

09/07/2025 10h42 - Atualizado há 7 dias

Durante uma audiência no Tribunal do Júri de Belo Horizonte, realizada na última sexta-feira, dia 4 de julho, Junio Pereira de Jesus, de 26 anos, admitiu ter matado Magna Laurinda, de 42 anos, enteada de sua mãe, Marluce Pereira dos Santos. O acusado contou que esfaqueou a vítima após uma discussão e escondeu o corpo em uma cisterna localizada na residência da família, no Bairro Candelária, região de Venda Nova.


Imagem Foto: Divulgação


O crime aconteceu em 23 de agosto do ano anterior e envolveu quatro membros da mesma família: Marluce, madrasta da vítima, e seus filhos Gilmar Pereira Calmos, Paloma Ferreira de Jesus, Paola Pereira de Jesus e o próprio Junio, que assumiu o assassinato. Enquanto ele confessou o homicídio, os outros envolvidos negaram qualquer participação direta no ato.



Segundo o relato de Junio, tudo começou quando ele interrompeu uma reforma na casa da mãe para fazer um lanche e se deparou com uma discussão acalorada entre Magna e Marluce. Ao tentar intervir, afirmou que foi agredido pela vítima e, em resposta, acabou esfaqueando-a em um suposto ato de legítima defesa. Após o crime, decidiu ocultar o corpo dentro da cisterna da residência.



Magna, filha do companheiro de Marluce, teve seu desaparecimento notado apenas dias depois. A denúncia foi feita por familiares preocupados, e o corpo só foi localizado no dia 27 de agosto, quatro dias após o crime, resultando na abertura do processo por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os dois homens envolvidos foram levados ao Ceresp Gameleira, enquanto as mulheres foram encaminhadas ao Presídio Feminino de Vespasiano.



Durante a audiência, Marluce deu uma versão distinta da de seu filho, alegando que não presenciou o assassinato e que apenas ouviu a discussão entre eles. Ela também é ré no processo. Já suas filhas, Paloma e Paola, declararam não estar presentes na casa no momento do crime, mas confirmaram que a origem da briga foi um empréstimo feito com o nome do pai da vítima.


Uma das irmãs confessou ter usado mais de R$ 8 mil do valor emprestado em apostas online, conhecidas como “jogo do tigrinho”. Ela disse que havia marcado um encontro com Magna para discutir a devolução do dinheiro, mas negou saber que o irmão cometeria o homicídio.


A outra irmã relatou que parte do dinheiro foi guardada em sua conta poupança a pedido da mãe, que temia que os recursos desaparecessem. Segundo ela, o valor seria usado para reformar a casa e, inicialmente, a vítima não se opunha à operação. No entanto, ficou indignada ao descobrir o desvio para apostas.


"Tentei impedir a briga, mas ela me atacou primeiro", declarou Junio ao juiz durante a audiência

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Diante das contradições entre os depoimentos de Marluce e Junio, a defesa solicitou uma acareação entre os réus. O juiz Roberto Araújo acolheu o pedido, marcando uma nova audiência para o próximo dia 18 de julho. O caso segue em fase de instrução, com expectativa de novos desdobramentos à medida que os depoimentos forem confrontados.


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