Penitenciária de Juiz de Fora reativa panificadora-escola

Padaria vai fornecer alimentos para duas unidades prisionais da cidade. Curso dará oportunidade de trabalho às detentas

Por Plox

09/08/2021 16h55 - Atualizado há mais de 3 anos

A partir da próxima quarta-feira (11), detentas da Penitenciária de Juiz de Fora I - José Edson Cavalieri irão aprender um pouco mais sobre o mundo da panificação. As 45 presas selecionadas por meio da Comissão Técnica de Classificação (CTC) da unidade terão acesso a um curso completo de fabricação de pães oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). As aulas serão realizadas dentro de uma padaria reformada, no interior da unidade prisional.

A padaria, que estava desativada, recebeu maquinário novo fornecido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O secretário da pasta, Rogério Greco, tomou a iniciativa de reativação do local e fez contato diretamente com o Senai para firmar a parceria com o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG). Em recente visita à unidade, Greco vislumbrou as inúmeras oportunidades de ressocialização que o espaço oferece.

A carga horária do curso é de 100 horas e as presas serão divididas em três turmas, com 15 alunas cada. As atividades educativas serão na parte da manhã, de 8h às 12h, de segunda a quinta-feira. A previsão é de que a conclusão da primeira turma seja no final de outubro. Além de ganharem remição de pena, as detentas também serão certificadas e sairão da prisão com uma nova profissão.

Expectativa

Ao final do curso e da certificação, as 15 melhores alunas serão empregadas na padaria da penitenciária. A expectativa é de que sejam produzidos mais de 6 mil pães por dia na panificadora-escola. Toda a produção abastecerá as duas penitenciárias do complexo de Juiz de Fora. A panificadora-escola será gerenciada pela equipe de produção da Penitenciária José Edson Cavalieri.

“Esse curso e, consequentemente, a padaria serão de grande valia para a unidade. Poderemos oferecer um cumprimento da pena mais digno e humanizado para as presas, além de darmos a elas oportunidade de um novo aprendizado e de um curso. Todo mundo ganha com essa iniciativa: nós da direção, os servidores e toda a sociedade”, afirma o diretor da unidade prisional, Bruno Barbosa Silva.

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