Da educação às habilidades sociais: 3 passos para o primeiro emprego

O ingresso dos jovens no mercado de trabalho brasileiro é uma tarefa que apresenta dificuldades. A busca pela primeira oportunidade profissional é desafiada por diversos fatores como a falta de experiência, o despreparo em processos seletivos e a ausência de habilidades técnicas.

A situação atual do país é preocupante para os jovens, conforme evidenciam os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) do IBGE. No início deste ano, a taxa de desocupação atingiu 8,8% da população, com os jovens sofrendo um impacto ainda mais significativo. A faixa dos 14 aos 17 anos viu a taxa de desemprego aumentar de 29% para 33,1%, e dos 18 aos 24 anos cresceu de 16,4% para 18%, do 4º semestre de 2022 ao 1º trimestre de 2023.

Três passos para a inserção profissional: Dicas de um especialista

Para ajudar os jovens a superar essas barreiras e o cenário desfavorável, Wandreza Bayona, diretora executiva do Instituto Ser+, propõe uma abordagem tridimensional.

1. Capacitação através de cursos e projetos

A primeira estratégia destacada por Wandreza é a importância de buscar oportunidades de capacitação, seja por meio de projetos ou cursos. “Isso ajuda os jovens a se autoconhecerem e desenvolverem habilidades técnicas e comportamentais, facilitando a escolha de áreas de atuação e a elaboração de um currículo mais assertivo”, explica a diretora.

2. Foco nas soft skills

Soft skills, ou habilidades comportamentais, são fundamentais, especialmente para quem não possui uma bagagem profissional significativa. Wandreza enfatiza a necessidade de identificar e trabalhar em habilidades como proatividade, resiliência, gerenciamento de tempo e capacidade de trabalho em equipe. Ela ainda alerta sobre a importância da sinceridade no processo seletivo, afirmando que “não ser sincero nesses momentos é o pior caminho”.

3. Atenção constante às oportunidades

O último passo, segundo Wandreza, envolve a constante busca por oportunidades, não apenas para ingresso no mercado, mas também para adquirir conhecimento e experiência através de eventos e palestras. “Fique atento às vagas, workshops gratuitos e oportunidades de trabalho voluntário, pois tudo isso agregará ao seu currículo”, afirma.

A especialista também ressalta a importância da tecnologia, recomendando o uso de alertas de vagas e o acompanhamento de empresas nas redes sociais para encontrar oportunidades alinhadas ao perfil individual.

Esta orientação traz uma abordagem multifacetada para enfrentar o desafio do desemprego juvenil, reconhecendo a necessidade de preparação técnica, desenvolvimento comportamental e proatividade na busca por oportunidades.