Equador intensifica combate ao crime com toque de recolher noturno em 20 cidades

Medida visa reduzir homicídios e controlar atividades de grupos criminosos em áreas críticas do país.

Por Plox

09/08/2024 09h06 - Atualizado há 10 meses

O presidente do Equador, Daniel Noboa, determinou um toque de recolher noturno em 20 cidades do país, em uma nova tentativa de frear a escalada de violência causada por grupos criminosos. A medida, que entra em vigor a partir desta quinta-feira (9/8), abrange localidades onde os índices de homicídios têm aumentado significativamente, sendo Durán e Camilo Ponce Enríquez algumas das áreas mais afetadas.

Foto: Reprodução de vídeo

Cidades em destaque

Durán, conhecida por ser um refúgio para criminosos envolvidos com o narcotráfico, sequestros e extorsões, é uma das localidades incluídas no decreto presidencial. Outra cidade sob o toque de recolher é Camilo Ponce Enríquez, onde recentemente, em julho, as forças de segurança realizaram uma operação bem-sucedida, resgatando 49 pessoas que haviam sido sequestradas em uma mina.

Fundamentos da medida

A decisão do governo de implementar essa restrição de mobilidade durante a noite foi baseada em um estudo da polícia equatoriana, que indicou que "a maioria dos homicídios ocorre entre as 22h e 5h" nas cidades afetadas. Diante desse cenário, a polícia recomendou a adoção do toque de recolher como estratégia para reduzir as taxas de criminalidade nesse período crítico.

Contexto de violência e medidas excepcionais

Desde que assumiu a Presidência em novembro passado, Noboa tem adotado uma série de medidas excepcionais para conter a violência que vem sendo promovida por grupos que ele classifica como terroristas. Além do toque de recolher, seis das 24 províncias do país estão atualmente sob estado de exceção, medida decretada no início de julho e que se estenderá até o final de agosto, como parte dos esforços para restaurar a ordem e a segurança no país.

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