Incêndio no Pico da Ibituruna gera multa de mais de R$ 615 mil para instituição
O incêndio pode ter sido causado acidentalmente pelo contato de uma lâmina de roçadeira com uma pedra, o que teria gerado uma faísca
Por Plox
09/08/2024 13h33 - Atualizado há 11 meses
A Polícia Militar de Meio Ambiente de Governador Valadares aplicou uma multa significativa ao Centro de Informação e Assessoria Técnica (CIAAT) devido ao incêndio que consumiu uma extensa área de 159,5 hectares na região do Pico da Ibituruna em 11 de julho. O valor da penalidade ultrapassa os R$ 615 mil, sendo a instituição responsabilizada pelas chamas que atingiram o emblemático ponto turístico da cidade.

Causas do incêndio e resposta da instituição
De acordo com informações da própria instituição, o incêndio pode ter sido causado acidentalmente pelo contato de uma lâmina de roçadeira com uma pedra, o que teria gerado uma faísca. Esse evento desencadeou o fogo em uma área de difícil acesso, durante um serviço de preparação do solo para o reflorestamento de 90 hectares na região.
Esforços para controlar as chamas
Apesar da tentativa rápida de controle do incêndio, os profissionais do CIAAT, utilizando extintores, bombas costais e abafadores, não conseguiram impedir a propagação do fogo, que se espalhou rapidamente devido às condições adversas. O incêndio concentrou-se em uma área íngreme da montanha, o que, aliado aos ventos fortes e ao terreno de difícil acesso, dificultou o combate às chamas.
Além do CIAAT, que mobilizou um contingente de 90 pessoas, equipes do Corpo de Bombeiros também foram acionadas para controlar o incêndio, que durou pouco mais de 24 horas até ser totalmente extinto.

Impacto ambiental e resposta institucional
Após a extinção do incêndio, a área queimada foi meticulosamente mapeada, confirmando a devastação de 159,5 hectares de vegetação. Em nota, o CIAAT reconheceu o ocorrido e afirmou estar avaliando, junto ao seu corpo técnico, as medidas legais cabíveis diante da multa aplicada. A instituição também enfatizou a seriedade com que tratou o incêndio, mobilizando esforços significativos para contê-lo, mesmo em condições extremamente desfavoráveis, como capim seco, alta temperatura, baixa umidade relativa do ar e terreno íngreme.
Compromisso com o reflorestamento
Desde 2019, o CIAAT tem se dedicado ao reflorestamento da região do Vale do Rio Doce, incluindo a área da Ibituruna. O projeto atual prevê o plantio de 60 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica em 90 hectares, parte de um esforço contínuo para recuperar e preservar o ecossistema local, mesmo diante dos desafios recentes impostos pelo incêndio.