Cigarro eletrônico aumenta risco de infarto, AVC e doenças pulmonares, com impacto maior sobre jovens
Especialistas alertam que vapes possuem níveis elevados de nicotina e podem causar sérios danos ao coração e pulmões
Por Plox
09/08/2025 07h23 - Atualizado há 1 dia
O cigarro eletrônico, popularmente conhecido como vape, representa riscos semelhantes aos do cigarro tradicional, segundo o cardiologista Antônio Aurélio de Paiva, presidente do Congresso de Cardiologia da Rede D'Or. O evento acontece até 9 de agosto no Rio de Janeiro e reúne especialistas de diversas áreas da saúde.

O médico destaca que, apesar da aparência moderna e do apelo entre jovens, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) possuem níveis de nicotina até mais elevados que o cigarro comum. Essa característica contribui para uma dependência mais rápida, além de permitir um consumo muito maior ao longo do dia, com até centenas de tragadas.
Entre os problemas já associados ao uso dos DEFs estão aumento da pressão arterial, lesões no endotélio, risco elevado de acidente vascular cerebral (AVC), infarto e doenças pulmonares como fibrose pulmonar e pneumonia. De acordo com especialistas, esses impactos tendem a ser mais intensos entre jovens.
Paiva ressalta que o Brasil avançou no combate ao tabagismo ao longo de décadas, mas a popularização do cigarro eletrônico entre os jovens ameaça reverter esses ganhos. A aparência discreta, o cheiro suave e a praticidade de transporte tornam o vape um produto mais atrativo, apesar dos riscos graves à saúde.