Fiocruz alerta para aumento de casos de Covid-19 no Ceará e no Rio de Janeiro
Boletim indica alta de SRAG por diferentes vírus e reforça importância da vacinação, sobretudo para idosos e imunocomprometidos
Por Plox
09/08/2025 09h54 - Atualizado há 1 dia
O mais recente boletim do InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na última quinta-feira (7), revelou um panorama de atenção para alguns estados brasileiros. Enquanto os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ligados ao vírus sincicial respiratório (VSR) seguem elevados entre crianças na maior parte do país, o estudo aponta crescimento de infecções por Covid-19 no Ceará e retomada de alta no Rio de Janeiro.
Foto: Agência Brasil
Na Bahia, o levantamento também registrou aumento nas internações de crianças e adolescentes por rinovírus. Por outro lado, houve manutenção da tendência de queda dos casos de SRAG por Influenza em idosos e por VSR em menores de dois anos. Mesmo assim, entre a população idosa, a SRAG permanece em patamar moderado a alto em diversos estados das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste.
A pesquisadora Tatiana Portela, do InfoGripe, reforçou que a vacina contra a Covid-19 deve ser prioridade para idosos e pessoas imunocomprometidas, com reforços a cada seis meses.
\"Como em alguns estados os casos de SRAG por Influenza A continuam altos, também é importante estar em dia com a vacina contra a gripe\"
, alertou.
No período das últimas quatro semanas epidemiológicas, a presença dos vírus entre os casos positivos foi distribuída da seguinte forma: 44,7% de VSR, 34,6% de rinovírus, 13,9% de Influenza A, 5,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19) e 1,5% de Influenza B. Já entre os óbitos positivos para vírus respiratórios, Influenza A respondeu por 51,6%, seguido de VSR (18,4%), rinovírus (18%), Sars-CoV-2 (8,1%) e Influenza B (2%).
No cenário nacional, os registros de SRAG apresentam sinal de queda tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Em 2025, já foram notificados 150.615 casos de SRAG, dos quais 80.577 (53,5%) tiveram confirmação para algum vírus respiratório, 51.291 (34,1%) resultaram negativos e 8.853 (5,9%) seguem aguardando resultados laboratoriais.