Minas lança Agosto Caramelo para combater abandono de animais
Campanha do governo mineiro busca conscientizar e promover adoção, castração e proteção de cães e gatos
Por Plox
09/08/2025 07h44 - Atualizado há 1 dia
Mais de 30 milhões de cães e gatos vivem em situação de abandono ou semiabandono no Brasil, enfrentando fome, doenças e violência. Para enfrentar esse cenário, o governo de Minas Gerais lançou a campanha Agosto Caramelo, voltada à conscientização e proteção dos animais.

O nome e a identidade visual da campanha foram inspirados no vira-lata caramelo, figura presente no imaginário popular brasileiro. A iniciativa inclui ações educativas em escolas, feiras de adoção, mutirões de castração e microchipagem, além de intervenções culturais, conteúdos informativos e mobilização por políticas públicas efetivas ao longo dos 31 dias de agosto.
A escolha do mês se deve à proximidade com o Dia Mundial do Cão, celebrado em 26 de agosto, ampliando a visibilidade do tema. Segundo Joyce Mendes, fundadora da ONG Amor A Quatro Patas, entre as principais causas do abandono estão a falta de responsabilidade dos tutores, dificuldades financeiras, mudanças de endereço e a reprodução descontrolada. Ela reforça que motivos banais, como o envelhecimento ou o comportamento inesperado do animal, também levam ao abandono.
A ONG já realizou resgates marcantes, como o da cadela Jolie, encontrada em estado crítico e que, após tratamento, recuperou a visão, mas ainda aguarda adoção devido à leishmaniose. A adoção é apontada como a forma mais efetiva de ajudar, junto com o oferecimento de lares temporários e a denúncia de maus-tratos.
No Brasil, abandonar animais é crime previsto pela Lei nº 9.605/98, com pena de dois a cinco anos de prisão, multa e proibição de guarda. Se o abandono resultar na morte do animal, a pena é aumentada. Além disso, projeto de lei aprovado na Câmara prevê punições mais severas, incluindo suspensão da CNH por até 18 meses para quem abandonar cães ou gatos usando veículos.
Denúncias podem ser feitas à Delegacia de Polícia, Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Ministério Público ou ao Ibama.