Israel anuncia cerco total a Gaza após ataques do Hamas
Confrontos continuam com recordes de reservistas convocados e críticas internacionais crescentes. Israel retoma controle após ofensiva do Hamas
Por Plox
09/10/2023 12h24 - Atualizado há cerca de 1 ano
Israel anunciou, nesta segunda-feira (9), um cerco total à Faixa de Gaza e confirmou ter recuperado o controle das comunidades no sul que foram alvo do Hamas no último sábado (7), marcando o ataque mais intenso na região em cinco décadas. Contra-almirante Daniel Hagari comunicou em uma transmissão televisiva que, apesar da recuperação, buscas estão em andamento para assegurar a segurança, admitindo a possível presença de homens armados.
Ao longo da noite, Israel lançou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia. Desde o início do conflito no sábado, registra-se mais de 1.200 vítimas - 700 em território israelense e mais de 560 em Gaza. Além disso, cerca de 100 indivíduos, entre militares e civis, foram capturados por combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica.
Israel mobilizou um número inédito de 300 mil reservistas, indicando possíveis preparativos para uma ação mais intensa. "Nunca fizemos uma convocação de reservistas nessa magnitude", expressou Hagari.
Medidas restritivas e relações deterioradas
Yoav Gallant, ministro da Defesa, ordenou a cessação de todos os serviços à Faixa de Gaza, o que inclui cortes de eletricidade, comida, água e gás. Em adição, o ministro da Energia, Israel Katz, confirmou a interrupção no fornecimento de água e energia para o território palestino.
A tensão entre Israel e Palestina te se intensificado nos últimos meses, agravada por ações da coalizão de ultradireita de Binyamin Netanyahu e retaliações de militantes palestinos. O saldo de vítimas antes deste último surto de violência era de 243 palestinos e 32 israelenses.
Reação internacional
O ataque enfrentou condenação de vários países ocidentais. A União Europeia agendou uma reunião emergencial e os EUA, tradicionais aliados de Israel, intensificaram sua assistência militar. China, Rússia e Liga Árabe apelaram por um cessar-fogo, enquanto o Irã refutou acusações de envolvimento direto.
O confronto também vitimou estrangeiros, incluindo cidadãos tailandeses, nepaleses, americanos e brasileiros. Por fim, a ONU informou que mais de 123 mil palestinos foram deslocados de suas residências.