Filha é presa suspeita de envenenar o pai com feijoada em Duque de Caxias

Uma investigação conjunta das polícias civis do Rio de Janeiro e de São Paulo resultou na prisão temporária, na terça-feira (7), de uma estudante de Direito suspeita de ter preparado uma feijoada que teria envenenado o próprio pai em Duque de Caxias.

Foto: Polícia Civil do Rio de Janeiro | Imagem Ilustrativa | Freepik 

A vítima, identificada como Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morreu em abril após consumir a refeição preparada pela filha, segundo apurações policiais. O laudo inicial apontou insuficiência respiratória aguda, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva como causas médicas registradas no óbito. Para esclarecer se havia substância tóxica na comida, o corpo de Neil será exumado nesta quinta-feira (9) no Cemitério Memorial do Rio, onde peritos devem recolher novas amostras para análise.

Durante as diligências, agentes em São Paulo prenderam uma mulher apontada como amiga da suspeita — identificada como Ana Paula Azevedo — e comunicaram a descoberta à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Ana Paula, detida em Guarulhos, é investigada por suposto envolvimento em três mortes por envenenamento naquela região. Conforme a investigação, ela esteve na casa onde Neil jantou no dia em que ele morreu.

Mensagens analisadas pela polícia indicam que a suspeita manifestou a intenção de matar o pai

Procuradas para esclarecer as funções de cada envolvida, as investigações apontam que as duas se conheceram na faculdade no Rio; atualmente Ana Paula mora em São Paulo. A apuração também levantou que a viagem da suspeita paulista ao Rio teria sido custeada pela estudante detida, o que, segundo os investigadores, reforça a linha de trabalho que considera possível contratação para cometer o crime.

Contra a jovem foi cumprido mandado de prisão temporária por homicídio expedido pela Justiça de São Paulo. Ela foi surpreendida pelos policiais quando chegava à faculdade, em ação que envolveu equipes dos dois estados.

As autoridades seguem com exames e diligências para confirmar se a feijoada estava contaminada e para apurar a participação de cada suspeita nos episódios sob investigação. A polícia informou que novas medidas podem ser adotadas conforme os laudos periciais e as provas coletadas.

O caso segue sob sigilo parcial enquanto a perícia e os inquéritos prosseguem, e as corporações envolvidas não divulgaram detalhes operacionais que possam comprometer as investigações em curso.

A confirmação de causas e responsabilidades dependerá dos exames complementares a serem realizados após a exumação, prometendo detalhes que devem orientar as próximas fases do inquérito.