Lula diz que será difícil derrotá-lo nas eleições de 2026 e provoca adversários

Em entrevista concedida à Rádio Piatã, em Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, caso mantenha a disposição e a saúde atuais, pretende disputar novamente a Presidência da República nas eleições de 2026. Segundo ele, será uma tarefa difícil para qualquer adversário tentar derrotá-lo nas urnas.

Foto: Presidência

O petista ponderou, no entanto, que a decisão final dependerá do Partido dos Trabalhadores e das pessoas próximas a ele. Ainda assim, deixou claro que, se mantiver a mesma 'motivação, o físico e a vontade de hoje', não tem dúvidas sobre sua candidatura. Lula falou em tom confiante sobre o cenário eleitoral e lançou uma provocação aos possíveis concorrentes.

'Se eu estiver como estou, serei candidato para ganhar as eleições, porque tenho certeza que nossos possíveis adversários devem estar muito mais preocupados do que eu', declarou o presidente.

A fala de Lula ocorre em um momento de recuperação de sua popularidade, que vinha em queda desde o fim de 2024. A partir do segundo semestre de 2025, o governo retomou índices positivos, impulsionado pelo discurso de defesa da soberania nacional após o aumento de tarifas comerciais imposto pelos Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump. A aproximação recente entre os dois líderes foi bem recebida pela maioria dos brasileiros.

Medidas voltadas às classes média e baixa também contribuíram para o avanço da imagem do governo, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o fortalecimento da tarifa social de energia elétrica e a distribuição gratuita de botijões de gás a famílias em situação de vulnerabilidade.

As mais recentes pesquisas de intenção de voto indicam Lula na liderança para 2026, superando nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O crescimento da vantagem do presidente sobre seus rivais tem sido constante nos levantamentos divulgados desde julho.

O presidente, que atualmente cumpre o terceiro mandato, mantém agenda intensa pelo país e tem reforçado o tom de confiança em suas falas públicas, especialmente em eventos no Nordeste, região que tradicionalmente concentra uma das bases eleitorais mais fortes do petista.