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Política

Lula reage à derrota da MP do IOF e acusa oposição de prejudicar o povo

Presidente critica decisão da Câmara dos Deputados que retirou de pauta a medida provisória que previa taxação dos mais ricos e reforço nas contas públicas

09/10/2025 às 10:18 por Redação Plox

A tensão entre o Palácio do Planalto e o Congresso se intensificou nesta quarta-feira (8), após a Câmara dos Deputados retirar de pauta a Medida Provisória 1303/25, que previa o aumento do IOF sobre investimentos no exterior e outras operações financeiras. A proposta era considerada estratégica pelo governo para reforçar a arrecadação e equilibrar as contas públicas.


Imagem Foto: Agência Brasil

A reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi imediata. Em publicações nas redes sociais, Lula classificou a decisão como uma afronta direta aos interesses da população. Segundo ele, a medida buscava corrigir desigualdades ao tributar os que têm mais, visando justiça tributária. $&&$“Essa medida reduzia distorções ao cobrar a parte justa de quem ganha e lucra mais. Dos mais ricos”$, escreveu Lula.

Durante um evento no Palácio do Planalto, o presidente também criticou a politização da votação, acusando adversários de agirem com "pobreza de espírito" por rejeitarem a proposta com base em interesses eleitorais. "Quando algumas pessoas dizem que não vão votar porque vai favorecer o Lula, na verdade, quem perde é o povo pobre que depende desses recursos", afirmou.


A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se posicionou de forma dura. Ela acusou parte da elite econômica de não aceitar perder privilégios e criticou os parlamentares que votaram contra a proposta: $&&$“Hoje ficou claro que a pequena parcela muito rica do país não admite que seus privilégios sejam tocados”$, escreveu Gleisi em suas redes.

O placar da votação terminou com 251 votos contrários à continuidade da MP, contra 193 favoráveis. Com isso, o texto perdeu validade sem sequer ter seu mérito discutido. De acordo com o governo, a expectativa era de arrecadar R$ 35 bilhões com a medida. A sua derrubada deve causar bloqueios no orçamento de 2025.


O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, já adiantou que haverá um contingenciamento de R$ 7 a R$ 10 bilhões em emendas parlamentares. “Se não tiver fonte de receita, qual é a alternativa que nós temos?”, questionou.


Nos bastidores, o governo tentou reverter o cenário com uma ofensiva política. Lula convocou uma reunião com ministros e líderes aliados no Palácio do Planalto. Estiveram presentes os ministros Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad (Fazenda), além de parlamentares como José Guimarães (PT-CE), Jaques Wagner (PT-BA) e o próprio Randolfe.


Como parte da estratégia, ministros de partidos do Centrão foram exonerados temporariamente para votarem a favor do governo. Entre eles, André Fufuca (Esportes), Celso Sabino (Turismo) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).


Mesmo diante das articulações, o clima de enfrentamento persistiu. O governo acusou a oposição de antecipar a disputa eleitoral de 2026, apontando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), como um dos articuladores da derrubada da MP junto a líderes do Centrão.


“O que está em jogo é uma ação de sabotagem do Brasil coordenada pelo senhor Tarcísio de Freitas, entre outros personagens”, declarou Randolfe a jornalistas.


Apesar da derrota, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrou o cumprimento do acordo previamente feito com o Congresso. Segundo ele, o governo não quer antecipar o embate eleitoral, mas entende que há uma movimentação clara para enfraquecer o Executivo.


“O governo do presidente Lula está se recuperando gradativamente nas pesquisas. A oposição sabe disso e está tentando sabotar nossa capacidade de agir”, afirmou Randolfe.


O episódio marca mais um capítulo de tensão entre o Executivo e o Legislativo, num momento em que o governo busca viabilizar o novo arcabouço fiscal e preservar os programas sociais. A MP 1303, agora arquivada, torna-se símbolo de um embate que vai além da tributação: revela os contornos antecipados da disputa política que se desenha para os próximos anos.


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