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Polícia

Operação da PF apreende carros de luxo em investigação sobre sindicato ligado a irmão de Lula

Ferrari, Porsche, Volvo, cofres e armas foram recolhidos durante ação da Polícia Federal em 9 estados, incluindo o DF, como parte da Operação Sem Desconto

09/10/2025 às 16:49 por Redação Plox

Uma nova fase da Operação Sem Desconto foi deflagrada nesta quinta-feira (9/10) pela Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de desarticular um suposto esquema fraudulento envolvendo o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). O foco da investigação é o desvio de recursos a partir de descontos indevidos em benefícios do INSS, com suspeitas que envolvem diretamente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Imagem Foto: Divulgação

Durante o cumprimento de 66 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os agentes federais recolheram uma série de bens de alto valor, entre eles um Porsche, uma Ferrari, um Volvo, dois Jeeps, um Mini Cooper e uma motocicleta Ducati — modelo amplamente conhecido por seu alto desempenho e preço elevado, frequentemente apelidada de “Ferrari das motos”.


Além dos veículos, também foram apreendidos cofres, armas, munições e grandes quantias em dinheiro vivo. Todo o material está sendo periciado, e, até o momento, a PF não revelou quem são os proprietários dos itens confiscados.


A operação ocorreu em nove unidades da federação: São Paulo, Distrito Federal, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e Amazonas, abrangendo diversos alvos ligados ao esquema.


Documentos obtidos pela CGU e enviados à CPMI do INSS indicam que o Sindnapi omitiu, de forma deliberada, a presença de Frei Chico em sua diretoria ao firmar parceria com o Instituto Nacional do Seguro Social. Essa omissão configura violação à legislação, que proíbe o envolvimento de parentes diretos de agentes políticos em entidades com contratos com o poder público.


“Ao omitir o vínculo de parentesco direto entre um de seus dirigentes e o Presidente da República, o sindicato criou um ambiente de aparente regularidade que induziu os órgãos públicos a erro”

, afirma o relatório da CGU. Quando a declaração foi assinada, em junho de 2023, Frei Chico ocupava o cargo de diretor nacional de Representação dos Aposentados Anistiados. Hoje, ele é vice-presidente da entidade.

Segundo os dados levantados pelas autoridades, o sindicato teria arrecadado cerca de R$ 259 milhões em mensalidades de associados no período entre janeiro de 2019 e março de 2024. O montante é investigado por supostas práticas de lavagem de dinheiro, uso de dados falsos em sistemas oficiais, formação de organização criminosa e contratos com empresas intermediárias utilizadas para ocultar a origem dos recursos.


A investigação também examina tentativas de ocultação e dilapidação patrimonial, com movimentações suspeitas de ativos que, possivelmente, visavam mascarar a procedência ilícita dos valores.


Em resposta à operação, o Sindnapi divulgou nota na qual afirma ter recebido com surpresa a ação da PF, negando qualquer irregularidade e garantindo que comprovará a legalidade de suas atividades. “O sindicato reitera seu repúdio e indignação com quaisquer alegações de prática de delitos e comprovará a lisura de sua atuação, sempre em prol de seus associados”, declarou a entidade.


O presidente do sindicato, Milton Baptista de Souza Filho, foi convocado para prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS no mesmo dia da operação, quinta-feira (9/10). A apuração continua, e novos desdobramentos são esperados.


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