Mãe acusa médica de causar morte de bebê em parto devido a unha de gel
Alegação de violência obstétrica em hospital de Salvador está sendo investigada pela polícia
Por Plox
09/11/2024 09h24 - Atualizado há 7 meses
A Maternidade Estadual Albert Sabin, localizada em Salvador, Bahia, está no centro de uma investigação após denúncia de violência obstétrica feita pela família de Liliane Ribeiro. Segundo a mãe, sua bebê morreu durante o parto após uma série de circunstâncias envolvendo uma médica, que, conforme o relato, teria usado unhas de gel que acabaram perfurando o pescoço da recém-nascida. O caso, ocorrido em 31 de outubro, está sendo apurado pela Polícia Civil.

Relato da mãe sobre complicações no parto
Liliane, que estava com 31 semanas de gestação, afirma que foi obrigada pela obstetra a passar por um parto normal, mesmo com indicação prévia para uma cesárea. Segundo seu relato, a médica deixou a sala de parto antes do procedimento ser concluído e com a luva rasgada, enquanto sua bebê ainda estava em trabalho de parto.
A mãe detalhou que, após o nascimento, a bebê precisou ser submetida a uma massagem cardíaca, mas foi declarada morta logo em seguida. Os pais questionaram a explicação do hospital, que indicou que a criança já havia nascido sem vida, o que gerou discordância e levou a família a registrar uma ocorrência na delegacia.
Investigação e autópsia no Instituto Médico Legal
Contando com o apoio do pai da criança, Liliane solicitou que a bebê fosse encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de uma necropsia, que deverá esclarecer as causas exatas do óbito. A polícia conduz a investigação e o laudo final é aguardado dentro do prazo de 30 dias.
Em um depoimento emocionado, Liliane questionou: “Como minha filha saiu de mim morta se antes de entrar na sala de parto ela estava viva? Se eu senti ela mexer? Se a médica mostrou para meu marido a cabecinha dela mexendo? Se eles tentaram reanimar? Minha filha não estava morta”.
Posicionamento da Secretaria de Saúde da Bahia
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) emitiu uma nota oficial afirmando que investigará os acontecimentos com transparência e que está comprometida em apurar as circunstâncias do óbito da bebê de forma imparcial e detalhada.