Michelle Bolsonaro reiterou, durante evento do PL Mulher em Londrina, no Paraná, que o ex-presidente Jair Bolsonaro é o único representante da direita na corrida presidencial de 2026. Apesar de condenado por tentativa de golpe de Estado e declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o nome de Bolsonaro segue sendo defendido pelo grupo liderado por Michelle.

Defesa enfática de Bolsonaro como candidato

Mais uma vez sob os holofotes, Michelle argumentou que não há outra alternativa para a direita no Brasil além de Jair Bolsonaro. Durante a reunião partidária, ela insistiu na exclusividade do marido como opção para o pleito presidencial, mesmo após as decisões da Justiça que o impedem de concorrer.

Ao justificar sua posição, Michelle também criticou a atuação do Judiciário e externou preocupação quanto ao futuro da democracia no país.

Não há outra opção para a presidência da República. A única opção para presidente da República da direita chama-se Jair Messias Bolsonaro, mais conhecido como o meu galego de olhos azuis. Se não acontecer, não existe democracia no Brasil. Se não acontecer, é o verdadeiro golpe do Judiciário no povo de bem, no povo brasileiro

— Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama também comentou rumores de sua possível candidatura ao Senado pelo Distrito Federal e aproveitou o discurso para fazer críticas contundentes ao Congresso Nacional.

A gente tem visto um Congresso de joelhos em frente ao STF. É uma tristeza muito grande para a gente. Infelizmente, só quem governa é o Judiciário

— Michelle Bolsonaro

Ela ainda afirmou: Hoje nós estamos vendo o presidente Bolsonaro, que não foi denunciado, mas está com uma tornozeleira. Ele foi literalmente tirado da tomada.

Condenações judiciais afetam futuro político de Bolsonaro

De acordo com o TSE, Bolsonaro enfrenta condenação de oito anos de inelegibilidade, que se ampliou após deliberações do Supremo Tribunal Federal (STF). As penas envolvem crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, grave ameaça e deterioração do patrimônio público.

A soma das sanções pode manter o ex-presidente fora das urnas federais até 2060, quando atingirá 105 anos. A legislação vigente, via Lei da Ficha Limpa, impede que ele concorra por oito anos após o término da pena, tornando seu retorno político improvável no curto e médio prazo.